Temporada 2004 do boxe promete muito

O boxe paranaense que chegou a ser a terceira, se não a segunda maior expressão nacional nas décadas de 1950 e 1960, decaiu muito após esse período de ouro, chegando a ficar, por muitos anos, totalmente estagnado, no ostracismo mesmo, sem praticamente nenhuma atividade de maior expressão.

Há questão de três a quatro anos atrás, o ex-campeão Rubens Sam Perruchon, escorado por pessoas ligadas e amantes do pugilismo, começou uma luta insana para reviver e revitalizar a nobre arte.

Nessa ocasião, Sam, extremamente idealista, contou com o apoio decidido de Lauro Valeixo, diretor do presídio do Ahu, quando muitos presidiários começaram a participar de atividades inerentes à modalidade, e do professor Juliano Borghetti, que já foi presidente da Federação Paranaense de Boxe, hoje secretário municipal do Esporte e Lazer de Curitiba.

As idéias de Sam foram, aos poucos, tomando forma e consistência, reunindo jovens e adolescentes na Praça Osvaldo Cruz, principalmente carentes e meninos de rua que, semanalmente, eram iniciados na prática do pugilismo, com exemplos de muita solidariedade e esperança de uma vida melhor.

Era a Academia de Boxe da Praça Osvaldo Cruz que nascia. Hoje Sam é presidente da federação e da Liga Metropolitana de Boxe, atuando com muito sucesso na área, inclusive com inúmeras incursões com nossos melhores pugilistas e revelações em torneios e campeonatos que são anualmente realizados em São Paulo.

Sam está, como não poderia deixar de ser, muito feliz e eufórico com o sucesso da temporada de 2003, quando, embora com extremas dificuldades, conseguiu levar avante uma agenda dinâmica, com reuniões e torneios que chegaram a mobilizar e reunir milhares de aficionados.

Foi, certamente, o renascer de uma modalidade esportiva que estava desacreditada perante a sociedade, e que hoje se insere entre as mais dinâmicas no Paraná.

Não muitos, mas bons

A temporada de 2003 pode ser dada como o renascimento da Federação Paranaense de Boxe. É bem verdade que os torneios e campeonatos não foram muitos, mas foram, com certeza, muito bons.

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