O Paraná Clube tenta derrubar um tabu de quase doze anos para chegar a mais uma final de Campeonato Paranaense.
A última vitória do azul, vermelho e branco sobre o Coritiba, no Couto Pereira, foi no dia 28 de julho de 1996, num jogo histórico, onde o Tricolor confirmou o tetracampeonato estadual fazendo 1×0, com gol do meia Ricardinho. De lá para cá, a fonte secou e o Paraná não conseguiu mais levar vantagem sobre o rival.
Seja no Paranaense, no Brasileiro ou em outras competições – como a extinta Copa Sul-Minas -, o máximo que o Paraná conseguiu foram seis empates, contra treze derrotas. ?Isso vale para a estatística, para a história. Não dá para viver de passado?, disparou o zagueiro Daniel Marques. ?Ano passado, convivemos com uma situação parecida e superamos o Atlético, na Arena, onde o Paraná jamais havia vencido?, lembrou. Desta vez, a situação é um pouco diferente.
O Tricolor não precisa necessariamente derrubar essa escrita. O jogo da volta será no próximo dia 20, no Durival Britto. ?Mas, seria importante levarmos alguma vantagem para esse jogo?, sentenciou o técnico Paulo Bonamigo. Mesmo decidindo em casa, o Paraná precisa de pelo menos uma vitória nos confrontos, já que dois empates dão a vaga ao Coritiba (que fez uma campanha melhor ao longo das duas fases disputadas). ?Esse tabu só nos dá mais motivação. É mais um desafio, diante de um adversário de muita qualidade?, disse o treinador.
O técnico, aliás, estava à frente do Paraná no último resultado ?positivo? alcançado pelo clube no Alto da Glória. No Paranaense de 2001, o Tricolor não quebrou a seqüência, mas com a derrota por 2×1 -marcando seu gol com Fernando Miguel, aos 48 minutos do 2.º tempo – tirou o Coritiba da decisão daquele ano. No primeiro jogo, no Pinheirão, havia vencido por 3×1 e na somatória dos resultados garantiu vaga na final, contra o Atlético.
No geral, o Tricolor só conseguiu vencer seis, dos 41 jogos realizados no Couto Pereira. Foram dezesseis empates e dezenove derrotas. Desde a última vitória paranista, o Coritiba conseguiu vencer treze, dos dezenove clássicos disputados. Números contundentes já que nos clássicos, desde 1996, o aproveitamento do Alviverde é de 78,95%, jogando em seus domínios. ?Temos que estar muito concentrados no jogo. É um confronto onde temos que atuar no limite. Assim, podemos escrever um novo capítulo nessa história?, encerrou Paulo Bonamigo.
