Demorou, mas enfim os técnicos paranaenses ganharam projeção condizente com a dos clubes locais. Emergentes, dois jovens treinadores nascidos no interior do Estado lideram o Brasileirão sob o comando de Flamengo e Cruzeiro. E um curitibano firma-se como nome de ponta no mercado nacional.
O ?pioneiro? da geração de Caio Júnior, Adílson Batista e Cuca é Levir Culpi, 55 anos. Nascido no bairro de Santa Felicidade, ele abriu as portas do mercado das araucárias ao comandar equipes como Atlético-MG, Cruzeiro, Internacional e São Paulo, além dos três grandes de Curitiba. É o atual ?professor? do Cerezo Osaka, do Japão.
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Caio Jr. se firma no Flamengo. |
As características dos treinadores, porém, ainda não permite determinar a formação de uma ?escola? paranaense. O cascavelense Caio Júnior, 43 anos, ganhou a marca de profissional sincero e leal com seus comandados, e via de regra arma equipes ofensivas e que marcam desde o campo do adversário. Adílson Batista, 40 anos, natural de Adrianópolis (Vale do Ribeira), costuma montar equipes marcadoras e com força defensiva – não por acaso, o Flamengo tem o melhor ataque e o Cruzeiro, a melhor defesa do Brasileiro.
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Cuca tenta reerguer o Santos. |
O curitibano Cuca, 43 anos, por sua vez, devolveu o respeito nacional do Botafogo nas últimas duas temporadas, ao implantar um estilo leve e de toques refinados. Hoje, tenta recuperar o Santos.
Curiosamente, os dois clubes paranaenses da Série A não têm apostado em nomes locais. A dupla Atletiba é comandada hoje pelo pernambucano Roberto Fernandes e pelo paulista Dorival Júnior. O Atlético, aliás, não tem tradição em confiar nos comandantes nascidos no Estado. Nos últimos dez anos, o único técnico local foi Levir, em 2004 (excetuando os interinos).
Já o Paraná Clube novamente lança mão de treinador ?da casa? em 2008. Rogério Perrô, de Jacarezinho (Norte Pioneiro), sonha em repetir a trajetória dos conterrâneos e ganhar respeito no mercado nacional a partir de um bom trabalho na Vila Capanema.