Os técnicos estrangeiros que virão ao Brasil para a Copa do Mundo estão ansiosos pelo início do torneio. A maior expectativa se dá por causa da grande paixão dos torcedores pelo esporte no País. Até quem vai enfrentar o Brasil na primeira fase vê com bons olhos o desafio. “É uma grande honra abrir a competição contra o país-sede. O estádio estará cheio, com grande torcida pelo time brasileiro, mas vamos dar o melhor, aproveitar o jogo e nos divertirmos”, avisou Niko Kovac, técnico da Croácia.
Do lado de Camarões, que também está no grupo de Brasil e Croácia junto com o México, o técnico alemão Volker Finke confessa que os atletas da seleção africana estão animados com a possibilidade de disputar a Copa do Mundo por essas bandas. “É uma grande motivação para nós e para os jogadores. Todo mundo quer vir para o Brasil”, disse.
O técnico Paulo Bento, de Portugal, também vê com otimismo a realização da Copa no País e acha que poderá contar com o apoio dos torcedores, até pela relação cultural e histórica entre as duas nações. “São dois países que se dão bem há muitos anos, não só pelo idioma, mas possuem outros laços. Tenho certeza de que Portugal estará no Brasil como se estivesse em sua casa. Vamos receber o carinho e o apoio do povo brasileiro, que vai apoiar em primeiro lugar sua seleção, o que é óbvio e natural. Mas seguramente vamos nos sentir bem neste país que tanto gostamos e que tanto gosta de nós”.
Carlos Queiróz, português que vai comandar o Irã no torneio, também garante que se sente em casa no Brasil. Experiente, ele sabe o quanto muitos treinadores dariam para ter a chance de comandar uma equipe na competição. “Esta é uma Copa especial, pois será realizada no Brasil, que é a nação do futebol. Acho que o povo brasileiro, pelo que tenho visto, se preocupa com seu bem-estar social e com a imagem do país para o mundo. E essas preocupações são porque querem fazer uma Copa bonita e se sentir orgulhosos”, lembrou.
Muitos técnicos, por exemplo, tiveram um contato mais próximo com o futebol brasileiro. Jorge Luis Pinto, da Costa Rica, estudou Educação Física na USP, em São Paulo, e teve mestres como Rubens Minelli e Oswaldo Brandão dentro de campo. “É uma alegria poder disputar a Copa no Brasil. Acho até que tenho um estilo brasileiro, mas sou mais tático”, disse.
Outro que enche o País de elogios é o italiano Fabio Capello, que comandará a Rússia e vai aproveitar para aprender lições para a próxima edição do Mundial. “Jogar uma Copa no Brasil é realmente importante por nós e também vamos aproveitar para pensar na nossa preparação para a Copa de 2018 na Rússia”, afirmou.
O pontapé inicial será dado apenas em 12 de junho, no Itaquerão, a Arena Corinthians, em São Paulo. Mas pela amostra que se teve dos treinadores presentes no Congresso Técnico da Fifa, em Florianópolis, a ansiedade é grande para a bola começar a rolar em gramados brasileiros.