A pedido dos treinadores europeus, a União Européia de Futebol (Uefa) pode colocar em prática uma mudança nas regras do futebol que agrada a maioria dos técnicos brasileiros. A entidade deve anunciar ainda este mês a aprovação da substituição de quatro jogadores durante a partida, um a mais do que o atualmente permitido pela Fifa.
?O futebol moderno é muito rápido e exige muito dos atletas. Precisamos ter a possibilidade de fazer um maior número de substituições?, defende o técnico do Bayern de Munique, Ottmar Hitzfeld. Após a aprovação pela Uefa, a entidade ainda precisará de uma autorização da Fifa para implementar a novidade de maneira experimental na Liga dos Campeões, Copa da Uefa e Supercopa.
O técnico do Corinthians, Carlos Alberto Parreira, que fez parte da equipe de observadores técnicos da Fifa na Copa do Mundo da Coréia do Sul e Japão aprova a proposta, com ressalvas. ?Esse número tem de ser o limite. Não se pode aumentar para cinco, por exemplo, e transformar o futebol em um basquete ou vôlei. Por isso, acho que até quatro substituições por jogo seria o ideal?, afirmou.
O técnico do Palmeiras, Levir Culpi acha a idéia interessante. ?Mas o futebol iria ganhar muito em qualidade se limitarem o número de faltas por equipe, penalizando o infrator durante a partida.? A opinião é compartilhada pelo técnico do São Caetano Mário Sérgio. ?Deve-se controlar o número de faltas, acabar com os carrinhos, enfim, ajudar mesmo a melhorar o futebol.?
Outro que gostou da idéia do aumento das substituições foi o técnico Tite, do Grêmio. No entanto, ele preferiria que outra proposta do tempo técnico fosse colocada em prática antes. Isso seria mais proveitoso.?
O técnico do São Paulo, Oswaldo de Oliveira, viu com bons olhos a possibilidade. ?Esta mudança vai gerar mais empregos, uma coisa que o meio do futebol está precisando?, avalia o treinador. ?Além disso, a alternativa de o treinador fazer mais uma mudança pode fazer grande diferença durante o jogo em termos táticos.? Outro tricolor, Renato Gaúcho, do Fluminense, concordou com a análise, assim como Oswaldo Alvarez, da Ponte Preta.
Para Geninho, do Atlético-MG, ?quanto mais opção de substituição, melhor?, comentário compartilhado por Evaristo de Macedo, do Flamengo, e Muricy Ramalho, do Figueirense. Abel Braga, do Botafogo, e Leão, do Santos, ressaltam que a substituição adequada seria de três jogadores, mais o goleiro. O técnico do Atlético Paranaense, Valdir Espinosa, foi mais radical. Quer a aplicação do ?vai e volta?, como acontece atualmente no vôlei e no basquete.