O Atlético deposita em Vadão as esperanças de uma nova fase no Brasileiro. A torcida se mobiliza e os jogadores mostram-se mais animados, mas a história recente revela que nem sempre a troca no comando traz resultados imediatos na Baixada.
Pelo sétimo ano seguido, o Rubro-Negro muda o comandante durante o Brasileiro – curiosamente, o último a concluir integralmente a competição foi Vadão, em 1999. Desde então, nas oito estréias de técnicos durante o nacional (excluindo-se os interinos), o Rubro-Negro obteve apenas três vitórias. Houve ainda dois empates e três derrotas.
E em todas as vezes em que o estreante venceu, o Rubro-Negro engrenou num processo de recuperação. No ano passado, Evaristo de Macedo começou batendo o mesmo Flamengo que Vadão enfrenta domingo. O Atlético, que andava perto da zona de rebaixamento, ganhou mais quatro jogos em seqüência e acabou em sexto lugar.
Em 2003, Mário Sérgio venceu o clássico com o Paraná, na segunda rodada do returno, e o Rubro-Negro melhorou de rendimento até o final, obtendo mais nove vitórias e encerrando a competição no 12.º lugar.
O exemplo mais clássico é o de 2001. Geninho sucedeu Mário Sérgio na 11.ª rodada e de cara meteu 3 x 1 na Portuguesa. O resto da história todo atleticano lembra com detalhes: o time decolou até conquistar seu primeiro título nacional.
A estatística ratifica a importância dada pelo próprio Vadão à vitória sobre o Flamengo no jogo de domingo. ?Normalmente os treinadores assumem os clubes em situação difícil. Por isso é fundamental começar ganhando para resgatar a confiança. Depois o time começa a acertar e os resultados aparecem?, falou o treinador, que não largou bem nas duas passagens anteriores pela Baixada.
Na rodada de abertura do Brasileiro de 1999, perdeu por 2 x 1 para o Grêmio; em 2003, ficou no 0 x 0 com o Londrina e foi eliminado do Campeonato Paranaense. Desta vez, Vadão tem a seu favor a mobilização em torno de um bom recomeço. Em enquete do site furacao.com, 74% dos mais de 3 mil participantes aprovaram a contratação do novo técnico. As torcidas organizadas do clube promovem campanha incentivando a torcida a empurrar o time na estréia do técnico, e os jogadores, que mostraram certa apatia durante a ?era Givanildo?, fazem juras de nova disposição. ?A mudança de técnico dá um ânimo a mais. Vamos trabalhar para render o máximo?, promete o atacante Dênis Marques, que será titular no domingo.
