Depois de ser eliminado nas quartas de final do Mundial de 2011 e dos Jogos de Londres/2012, a seleção brasileira feminina de handebol conseguiu superar uma barreira história para ser a primeira equipe não-europeia numa semifinal de Mundial desde 2003. Para o técnico Morten Soubak, dinamarquês que comanda o Brasil, a maturidade foi fundamental neste processo.
“Vejo nossa equipe mais madura. Para nós foi muito duro ter perdido nas quartas de final em 2011 no Brasil. Significa muito para nós estar nas semifinais. Esse é o resultado de uma combinação do trabalho que estamos fazendo e da experiência que muitas atletas estão ganhando por estarem jogando em equipes europeias e participando de mais campeonatos”, comentou o treinador.
Os Mundiais Femininos de Handebol são disputados desde 1957 e, em 20 edições, só a Coreia do Sul conseguiu quebrar a hegemonia europeia, tendo sido campeã em 1995 e terceira colocada em 2003. De resto, só países europeus terminaram entre os quatro primeiros. O Brasil é o segundo a conseguir tal feito.
E, para chegar a uma final inédita, vai reencontrar a Dinamarca, time que venceu na fase de classificação por placar relativamente elástico: 23 a 18. Mas a ponta Samira, que fez o gol da vitória sobre a Hungria, quarta-feira, na segunda prorrogação, acredita que o Brasil verá mais uma partida parelha.
“Será um jogo difícil pelas circunstâncias. As duas equipes estão querendo vencer. Certamente, será um confronto como o da Hungria, muito disputado. Tudo o que aconteceu até agora conosco vai ser levado em conta nessa hora. Temos que pegar tudo isso e fazer aumentar a nossa força para conseguir a vitória”, comentou a jogadora.
O confronto contra a Dinamarca será às 17h45 (de Brasília) desta sexta-feira, em Belgrado, e vai colocar novamente o técnico Morten Soubak, eleito o segundo melhor do mundo na última temporada, diante do seu país natal.”Tenho certeza que a Dinamarca quer vencer tanto quanto nós e precisamos ter muito cuidado. O resultado do nosso primeiro jogo aqui não significa mais nada. E, o fato de eu ser dinamarquês não quer dizer muito, pois cada um vai seguir a sua filosofia”, disse.