Técnico tricolor diz que não queimará etapas

A contratação de Marcelo Oliveira para o comando do Paraná Clube, o discurso do vice de futebol Aramis Tissot e a falta de recursos para investimentos de grande porte são aspectos que criam uma “aura” pró-Base.

Porém, apesar de todos estes fatores, a nova comissão técnica promete agir com muito critério nessa questão. “Não adianta apenas apresentar um discurso bonito. Garotos, para serem lançados, precisam apresentar qualidade”, avisa o treinador do azul, vermelho e branco.

Marcelo Oliveira seguiu ainda ontem para Belo Horizonte. Só retornará a Curitiba no início de janeiro – ou em alguma eventual necessidade – quando terá duas missões: dar início à preparação do elenco visando o Paranaense e observar de perto o time que estará em ação na Copa São Paulo de Juniores.

“Sei que esse grupo da Copa São Paulo é bastante jovem. Então, vamos com calma”, antecipou Oliveira. Essa juventude citada pelo técnico é resultado da estratégia montada pelo próprio clube, que optou por trabalhar a temporada com um time sub-18.

Além de Marcelo Oliveira – que por oito anos atuou na base do Atlético Mineiro – o Paraná trouxe também Cleocir Santos. O auxiliar técnico voltou ao clube após quinze anos.

A exemplo do treinador, também traz em seu currículo muitos anos dedicados à formação de jogadores. No Atlético, Tico dirigiu uma equipe de “novos” em excursão ao exterior. Faziam parte do grupo muitos jogadores que recentemente foram promovidos ao time principal. Casos de Raul, Manoel, Patrick.

“É preciso muito critério para se lançar esses meninos”, avisou Cleocir, que no início da década de 90 foi auxiliar de Otacílio Gonçalves e Levir Culpi no próprio Paraná, chegando a ser efetivado como técnico da equipe no Estadual de 94.

Tico, aliás, diz que com Levir Culpi conseguiu coordenar uma fórmula para promover uma integração gradual de garotos ao elenco principal. “O importante é que o menino conviva com os profissionais, mas jogando na base, sempre que possível”, destacou Cleocir Santos.

A estratégia visa garantir que essas jovens promessas treinem mais que os outros e estejam sempre em atividade, jogando. “Se você não trabalha assim, esses garotos acabam jogando pouco, dez partidas numa temporada, às vezes”, comentou.

Para Tico, é importante que mesmo nesse período de transição entre as categorias de juniores e profissional, os atletas disputem no mínimo trinta partidas numa temporada. Na verdade, Cleocir e Marcelo, mais do que abrir porta para as revelações, irão promover uma integração entre o Ninho da Gralha e a Vila Capanema.

Atualmente, o Paraná já conta no seu grupo principal com os garotos Elvis, Bruninho e Igor. Irão se juntar a eles, com certeza, o goleiro Rodolfo e o volante Vinícius.

Existe uma meta de que pelo menos mais quatro ou cinco jogadores venham a ser promovidos após o término da Copa São Paulo. O projeto, porém, só se confirmará diante de um bom desempenho do clube na competição que tem início -para o Tricolor – no próximo dia 3 de janeiro, frente ao Marília (MA).  O Grupo B conta ainda com outros dois clubes paulistas: São Bento e Grêmio Barueri.

Grupos de WhatsApp da Tribuna
Receba Notícias no seu WhatsApp!
Receba as notícias do seu bairro e do seu time pelo WhatsApp.
Participe dos Grupos da Tribuna