Hong Myung-Bo tirou das costas de seus jogadores e assumiu para si a culpa pelo vexame da Coreia do Sul na Copa do Mundo. A seleção foi eliminada com apenas um ponto ganho, ficando na lanterna do Grupo H. O treinador foi enfático ao dizer que os resultados negativos saíram por erros seus.

continua após a publicidade

Com um grupo renovado, Myung-Bo não viu a sua seleção repetir o bom desempenho de outras competições. Nem a tradicional velocidade asiática se fez presente em suas três apresentações no Brasil. “Todos os nossos jogadores deram o máximo, o melhor de si, mas acho que talvez tenha sido os meus erros como técnico que causou essa queda”, afirmou o treinador, que foi zagueiro em 2002, em seu país, quando o time avançou até as semifinais e terminou em quarto lugar.

O comandante evitou até dar uma nota aos seus jogadores, garantiu que o que foi visto em campo era o melhor dos sul-coreanos e repetiu: “Foi um erro meu que causou o resultado”.

Apesar do vexame no Brasil, Myung-Bo não se vê fora da seleção. Ele garante que não abandonará o cargo e que está pronto para a volta por cima. A resposta viria na Copa da Ásia, no ano que vem. “A opinião dos outros não me afeta, eu que faço meus julgamentos e faço minhas decisões. Não sei o que acontecerá no futuro, mas, no momento, estou pronto para aceitar o que me foi dado”, disse. “Começamos com essa equipe e devemos ficar unidos até o final, quero ser responsável por ela até o fim”.

continua após a publicidade

Ele disse que não está arrependido, descartou a naturalização de jogadores de outros países para reforçar sua equipe, principalmente a defesa, e festejou o “ganho de experiência” no Brasil. Assumiu, contudo, que o nível sul-coreano ainda é mais fraco que as outras seleções da Copa e que o preparo físico não era o ideal. “Cansávamos no fim dos jogos”.

Sobre não escalar o camisa 10 Park-Chu-Young, o treinador garante que nem conversaram antes da partida. “Não conversei com ele pessoalmente, escolhi os jogadores que achei que precisaríamos para esse jogo”. No fim, pediu desculpas aos jornalistas de seu país, agradeceu o apoio e pediu que continuem lutando pelo bem do futebol sul-coreano.

continua após a publicidade