Técnico Ricardinho não sabe como motivar o Tricolor

Ricardinho nem disfarçou. Profundamente decepcionado com a queda de rendimento do time, admitiu que “o negócio está ruim” e que o Paraná Clube precisa buscar uma guinada o quanto antes, sob o risco de caminhar para uma área de perigo na Série B. Já são cinco rodadas seguidas sem vitória, o pior momento do Tricolor na competição, num desempenho preocupante e que acaba com o sonho do acesso. Reflexos da derrota por 3×1 para o Goiás, sábado, no terceiro deslize da equipe jogando na Vila Capanema.

“Só nos resta entender que o momento não é bom. Futebol é resultado e, agora, temos que melhorar o nível do nosso futebol. Hoje, de nada adianta ficar fazendo planos em torno do G4”, cravou Ricardinho, sem conseguir entender o que gerou a queda do Paraná. “A equipe até joga bem. Mas, estamos pecando nos detalhes e o que fica são os resultados. Daqui a algum tempo, ninguém vai ficar lembrando se o time jogou bem ou perdeu chances. Vale a súmula. Vale o placar”. Mais uma vez, o Tricolor vacilou na marcação, levou dois gols e depois ficou correndo atrás da virada, em vão.

“O curioso é que a gente vem tentando manter uma base jogo a jogo. Marcamos bem diante do Guarani e por isso optei por mexer o mínimo possível. Só que a equipe não vem sustentando o mesmo nível de atuação de uma rodada para a outra”, disparou Ricardinho, visivelmente incomodado com a forma “morosa” do Paraná marcar. “Série B exige um algo a mais. Se você fica marcando frouxo, sem vibração, vai ter problemas”, reconheceu. Apesar de insatisfeito com o desempenho do time, Ricardinho não deverá mexer na estrutura tática do Tricolor.

“Não gosto de jogar com três zagueiros e isso nem passa pela minha cabeça. Pois, não temos sofrido gols pela ausência de mais um defensor. Muito pelo contrário. Levamos, como no clássico, um gol de bola parada. E, o segundo gol, saiu porque fomos mal na marcação do meio-campo, sem interromper a saída de bola do adversário”, analisou o treinador. Ricardinho se mostrava absolutamente inconformado com a resposta negativa dada pelos jogadores que entraram no segundo tempo.

Arthur e Luisinho, que até bem pouco tempo atrás eram titulares, entraram para dar maior dinâmica ofensiva ao time. Não foi o que ocorreu. “Como o Marquinhos e o Geraldo já não estavam bem fisicamente, procurei mudar. A ideia era aproveitar que o Wellington Silva estava levando vantagem no duelo com os zagueiros e fazer com que o Arthur, ali perto, pudesse buscar uma tabela, aproveitar uma sobra. Não deu certo”, admitiu. O problema é que nesta maré ruim, Ricardinho já lançou mão de praticamente todas as opções ofensivas.

“Temos que mudar. Isso que vimos diante do Goiás não é o que torcedor quer. Não é o que eu quero”, disse Ricardinho. Enraizado na 12.ª colocação, o Paraná parte agora para um jogo duríssimo em Belo Horizonte, frente ao América Mineiro. Apesar dos oito pontos de vantagem sobre a turma do Z4, o sinal de alerta já se acendeu pelos lados da Vila Capanema.

Grupos de WhatsApp da Tribuna
Receba Notícias no seu WhatsApp!
Receba as notícias do seu bairro e do seu time pelo WhatsApp.
Participe dos Grupos da Tribuna