Técnico mexicano adota o mistério na véspera da estreia

Como tem sido desde que chegou ao Brasil para a disputa da Copa das Confederações, o técnico do México, Jose Manuel de la Torre, escondeu o jogo neste sábado na entrevista coletiva antes da partida contra a Itália, marcada para este domingo, no Maracanã. Talvez o mais pressionado dos técnicos – a seleção mexicana faz campanha ruim nas Eliminatórias para a Copa de 2014 e não vence nem marca gols há dois jogos -, de la Torre, entretanto, demonstrou a confiança habitual e disse acreditar no título.

A proteção em torno dos jogadores é tanta – o México só teve dois treinos liberados para a imprensa esta semana, ambos por 15 minutos – que a habitual entrevista coletiva pré-jogos Fifa, que costuma ser com o capitão do time e o treinador, teve só de la Torre. “Sei que estamos com dificuldades na classificação para a Copa do Mundo, mas este é outro campeonato e nosso time deixou para trás a pressão. Estamos aqui para fazer o melhor de nós. Sabemos que não será fácil, mas queremos ganhar”.

O técnico mexicano não deu qualquer dica sobre a escalação da equipe. Generalizou bastante, como quando perguntado sobre o esquema tático que colocaria em campo: “Vai muito em função do rival, mas o principal é jogar nosso futebol e incomodar nosso oponente, sempre levando em campo as características individuais dos nossos atletas. E tem de ser assim contra a Itália no Maracanã e em qualquer outro estádio”, afirmou de la Torre.

O comandante elogiou o meia italiano Andrea Pirlo, que neste domingo completa 100 jogos com a camisa da Azzurra. Para de la Torre, como a maioria das jogadas do time italiano passam pelo experiente jogador, uma boa marcação sobre ele pode ajudar os mexicanos a controlar o jogo. Mas ressalvou: “O Pirlo é uma peça muito importante da Itália da mesma forma que o Balotelli, mas eles também precisam do resto da equipe para funcionar bem”.

Na última sexta-feira, alguns jogadores da seleção italiana admitiram que não conheciam os jogadores da seleção rival que atuam em clubes mexicanos. Para de la Torre, o México tem de se aproveitar disso. “Pode ser uma arma e se assim for vamos aproveitá-la ao máximo”, afirmou.

O mexicano tentou a todo tempo distanciar a Copa das Confederações das Eliminatórias da Copa. Mas reconheceu: “Será muito bom para que eu possa ver quais jogadores estão plenamente comprometidos com a seleção”. O técnico disse estar realizando um sonho ao comandar a seleção do México no Maracanã. “Há estádios emblemáticos no mundo como Wembley, Maracanã e Azteca. É como se um sonho se tornasse realidade, então vamos tentar aproveitar essa oportunidade”.

Embora não tenha sido o técnico do México na final dos Jogos Olímpicos, quando a seleção brasileira foi derrotada pelos mexicanos por 2 a 1, de la Torre afirmou que o Brasil de Luiz Felipe Scolari é um adversário mais forte que o de Mano Menezes. “A seleção brasileira agora está mais jovem e dinâmica. Aos poucos, estão melhorando seu futebol. Acho que esta seleção será muito mais competitiva, diferente da seleção que enfrentamos”, disse.

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