O desentendimento público entre os atacantes Cavani e Neymar sobre quem é o responsável pelas cobranças de pênalti do Paris Saint-Germain não foi encerrado pelo técnico Unai Emery. Nesta quinta-feira, o treinador apontou que ambos estão aptos para baterem os pênaltis, mas tergiversou e evitou apontar quem foi definido por ele como primeiro cobrador da equipe francesa.

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“Antes de falar das penalidades, devemos falar de sua importância. Muitos jogadores podem assumir essa responsabilidade. Aqui, os dois cobradores são Cavani e Neymar”, disse, em entrevista coletiva. “No treino, os jogadores treinam para cobrar. Em um momento decisivo, podemos ganhar graças a isso. Temos as estatísticas de todos os jogadores. Ambos são capazes de cobrar. Quem é o número um? O importante é marcar os gols”, acrescentou.

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Cavani foi o cobrador de pênaltis do Paris Saint-Germain na última temporada, mas o clube fez a mais cara contratação da história do futebol na recente janela de transferências ao tirar Neymar do Barcelona por 222 milhões de euros (R$ 831 milhões, na cotação atual). O uruguaio seguiu batendo os pênaltis nos primeiros jogos do Campeonato Francês, mas em duas oportunidades o brasileiro pediu para executar a cobrança, o que foi rechaçado pelo companheiro de clube.

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O segundo desentendimento se deu no último fim de semana, no triunfo do PSG por 2 a 0 sobre o Lyon, e ficou mais exposto, não só porque Cavani desperdiçou o pênalti, mas também porque a situação também se deu em uma cobrança de falta, que foi batida por Neymar após o lateral-direito Daniel Alves lhe passar a bola. Além disso, houve uma discussão depois do triunfo, algo confirmado por Emery em sua entrevista coletiva, entre os jogadores após a partida. O treinador assegurou, porém, que o clima no vestiário é harmônico. “Os jogadores são competidores que querem o melhor para a equipe e, em seguida, em um nível individual”, afirmou.

Emery também negou preocupação com a existência de uma “panelinha” dos jogadores brasileiros no PSG, algo ventilado não só pelos vários jogadores nascidos no País no elenco – Daniel Alves, Thiago Silva, Marquinhos, Lucas, Neymar e o naturalizado italiano Thiago Motta -, mas também pela postura do lateral ao passar a bola para Neymar cobrar uma falta, impedindo que Cavani a executasse.

“O Paris Saint-Germain está aberto a todos os jogadores, independentemente da sua nacionalidade. É futebol. A atmosfera é muito boa no vestiário. É verdade que existem personalidades e culturas. Precisamos estar atentos a isso, mas a atmosfera é boa”, disse.

Assim, com o impasse mantido sobre quem é o cobrador de pênaltis, o PSG voltará a jogar no próximo sábado, quando vai visitar o Montpellier, pela sétima rodada do Campeonato Francês. O time venceu os seus seis primeiros jogos e lidera a competição.