O técnico interino do São Paulo, Milton Cruz, descartou que tenha o objetivo de ser efetivado no comando da equipe. Um dia depois dessa possibilidade ser levantada pelo presidente Carlos Miguel Aidar, o comandante provisório do time disse não ter a ambição de ganhar outra função na equipe além da que já ocupa há 21 anos como coordenador técnico.

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“Não é o que eu quero (ser técnico). O que eu quero é o que faço: trazer jogadores, promover atletas e dar retorno como funcionário do clube. Tenho experiência para ser treinador, mas nunca quis. Hoje eu estou como treinador, mas não sou técnico. Cabe à diretoria decidir”, explicou o interino, após a vitória por 3 a 0 sobre o Red Bull Brasil, no Morumbi, pelas quartas de final do Paulistão.

Milton Cruz comandou o time nos dois últimos jogos e em ambos conquistou vitórias por 3 a 0 no Morumbi. Depois de bater a Portuguesa na última quarta-feira, garantiu novo resultado positivo na noite de sábado e a classificação para a semifinal da competição.

Ao todo ele tem diversas passagens como interino no clube. A primeira delas foi em 1999, quando substituiu Paulo César Carpegiani na disputa da seletiva para a Copa Libertadores. Enquanto a diretoria procura um nome para a vaga de Muricy Ramalho, que deixou o cargo na última semana, Milton está mantido e inclusive vai comandar a equipe pela Libertadores. O São Paulo joga na quarta-feira, contra o Danubio, no Uruguai.

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A intenção do presidente do clube é trazer o técnico argentino Alejandro Sabella, que aguarda o desfecho de uma negociação com o futebol inglês para avaliar se poderia assumir o São Paulo. A resposta deve vir nesta semana e o interino destacou a possibilidade de trabalhar com um treinador que foi finalista de Copa do Mundo.

“Se for mesmo o Sabella, ele conhece o futebol brasileiro, então tem chance de dar certo. O duro é quando vem e não conhece, mas ele sabe como é. Falei com algumas pessoas que disseram que ele estuda muito, então tem tudo para dar certo”, afirmou Milton Cruz.

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Sabella jogou como meia no Grêmio na década de 1980. Em 2005, trabalhou como auxiliar de Daniel Passarella no Corinthians. O argentino está sem emprego desde o fim da última Copa do Mundo e, caso feche com o São Paulo, Milton Cruz deverá ser mantido na comissão técnica no mesmo cargo que costuma ocupar. “Quando chegar o treinador, volto a fazer a função de que gosto e que dei retorno, ao trazer jogadores de graça e promover jogadores da base”.