Frankfurt – Vanderlei Luxemburgo só não será o novo técnico da seleção brasileira se não quiser. Desde o início do ano, o treinador vem recebendo sondagens da CBF para a sucessão de Carlos Alberto Parreira.
Ricardo Teixeira, presidente da CBF, gostaria que Parreira permanecesse no posto.
A derrota de sábado acabou com o sonho do dirigente. Paulo Autuori, campeão do mundo com o São Paulo em 2005, também está cotado. Tem a preferência do atual comando da seleção, isto é, Américo Faria e assessores mais íntimos de Teixeira.
O grande trunfo de Luxemburgo é o secretário-geral da CBF, Marco Antônio Teixeira, que goza da amizade e respeito de Luxemburgo. Marco Antônio é o responsável direto pela seleção. Nada acontece na estrutura do departamento de seleções que não passe pelo seu crivo.
Luxemburgo só não teria chance de assumir o time do Brasil no caso da conquista do hexa. O treinador não estava disposto comandar a Seleção tendo como sombra os campeões do mundo Luís Felipe Scolari e Carlos Alberto Parreira.
A derrota para a França muda tudo. "Quando se ganha nada muda. Quando se perde, inevitável a troca no comando", já dizia Parreira antes mesmo de anunciar a lista dos 23 convocados que ele levaria ao desastre na Alemanha.
Felipão, outro nome de peso e forte apelo popular, não fala o mesmo idioma dos homens que dirigem a CBF. Após a Copa de 2002, Felipão adiantou que não voltaria tão cedo à seleção brasileira.
Luxemburgo ainda tem esse sonho. Em repetidas entrevistas, disse que gostaria de completar o trabalho que não conseguiu fazer entre 1998 e 2000, quando foi demitido por Ricardo Teixeira.
O treinador do Santos também já recebeu sondagens de empresas ligadas à CBF querendo saber se ele aceitaria ou não voltar à seleção.
Paulo Autuori, pelo estilo sereno e últimas conquistas, tem a preferência da cúpula carioca instalada na CBF. Seria o antídoto a Luxemburgo.
O primeiro compromisso da seleção brasileira após a Copa será o amistoso contra a Noruega, no dia 16 de agosto, em Oslo. Ainda neste ano, a equipe fará mais um jogo amistoso: contra o Kuwait, no dia 7 de outubro, na Cidade do Kuwait.
Time chega hoje no Brasil
Frankfurt – A seleção brasileira que disputou a Copa do Mundo 2006 – e foi eliminada após a derrota por 1 a 0 contra a França – deixou ontem a Alemanha. No primeiro vôo (da Varig), com destino a São Paulo, estavam Luisão, Mineiro, Ricardinho, Robinho, Cicinho, Cris Fred, Rogério Ceni, Cafu e Gilberto Silva, além do preparador físico Moraci Sant’Anna e parte da comissão técnica. O avião estava previsto para pousar no Aeroporto Internacional de Guarulhos (SP) às 5h30 de hoje (horário de Brasília).
Na chegada ao aeroporto, os jogadores desceram do ônibus e entraram numa área reservada, de onde foram direto para o avião. As exceções foram Gilberto Silva, que chegou atrasado, e Mineiro, o único que passou pelo saguão e parou para falar com a imprensa. "Foi uma grande experiência para mim. A seleção tinha plenas condições de ganhar o título, mas não estava inspirada naquele dia", disse.
O outro avião, também da Varig, tem chegada prevista para as 9h30 na capital. Nele embarcaram parte da comissão técnica com Parreira, Zagallo, Américo Faria e o lateral-esquerdo Gilberto, que ficaram numa área reservada esperando o momento do embarque. Quem não está nos aviões é porque foi para outros lugares – casos de Ronaldo, Roberto Carlos, Adriano, Ronaldinho, etc., que ficaram pela Europa mesmo.