Juan Antonio Pizzi herdou uma situação difícil na seleção do Chile: campeã da América com o seu antecessor, Jorge Sampaoli, a equipe tinha perdido sua última partida nas Eliminatórias da Copa do Mundo e estava em crise pela saída do argentino.
Pizzi assumiu o cargo em janeiro de 2016, depois de passagens por León, do México, e Valencia, da Espanha, entre outros clubes, e agora colocou o Chile em sua segunda final consecutiva de Copa América, desta vez da edição Centenário, que será disputada no domingo contra a Argentina. É o mesmo oponente que o time dirigido por Sampaoli superou no ano passado na disputa dos pênaltis para conquistar o seu primeiro título da história.
“Sem dúvida é o jogo mais importante da minha carreira”, disse Pizzi em entrevista coletiva neste sábado. “Estou aproveitando com o resto do elenco. Eu tenho o entusiasmo e a esperança de que podemos fazer uma boa partida e ganhar novamente a Copa”.
Pizzi foi questionado depois de perder em sua estreia com o Chile, um revés para a Argentina por 2 a 1, na quinta rodada das Eliminatórias sul-Americanas. Ele também perdeu pelo mesmo placar no primeiro jogo na Copa América Centenário, contra os mesmos adversários.
Mas o Chile cresceu no campeonato, e depois da derrota inicial ganhou todas as partidas, incluindo a histórica goleada de 7 a 0 sobre o México pelas quartas de final.
“Nossa característica na hora de disputar as partidas se baseia principalmente no ritmo, intensidade e agressividade que queremos apresentar desde o início”, disse Pizzi. “Na maioria das vezes nós conseguimos, outras a equipe rival usa armas para combater o que propomos, mas vamos continuar a insistir com isso, porque é mais confortável quando conseguimos”.
Além do aumento do nível do Chile, a outra grande diferença entre a final e a partida pela primeira rodada é a presença de Lionel Messi, o astro argentino que esteve ausente do duelo em Santa Clara, na Califórnia, por lesão nas costas que sofreu em um amistoso.
Já recuperado, Messi tem cinco gols no campeonato, em segundo na lista de artilheiros, atrás dos seis do chileno Eduardo Vargas. “Acho que estamos estatisticamente diante do jogador mais significativo da história”, disse Pizzi. “Será muito difícil para nós para voltarmos a ver serem batidas as estatísticas que Messi está quebrando, e mesmo com estas estatísticas, acreditamos que podemos competir contra a Argentina. Nós somos capazes de superá-los e vamos fazer todos os esforços para assim ser”.