Após se classificar para o Mundial de Basquete na noite de sábado, com a vitória por 66 a 56 sobre Porto Rico na disputa do terceiro lugar da Copa América, a seleção brasileira feminina já pensa nos próximos passos. O técnico Luiz Augusto Zanon destacou a necessidade de dar mais rodagem ao renovado grupo do Brasil para que a equipe possa fazer uma boa campanha no próximo ano na Turquia.

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“Agora com a vaga consolidada, vamos nos reunir com a CBB para fazer um planejamento para um ano de 2014, com muito mais experiência para essas meninas, com equipes de grande nível e da Europa. Claro, que todo planejamento é fácil de fazer no papel, mas para realizá-lo necessitamos de outras coisas. A formação de um grupo, nós já fizemos que era o mais difícil. Ter meninas dentro dessa faixa etária com capacidade de almejar alguma coisa era algo distante. Agora, o planejamento será a sequência para fortalecer esse trabalho e processo iniciado em 2013”, destacou o técnico.

Zanon lembrou que a responsabilidade de classificar o Brasil para o Mundial recaiu sobre um grupo formado basicamente por novatas. “Estou muito satisfeito de termos alcançado o nosso principal objetivo, que foi o de formar um grupo novo, além de muito contente com a evolução dessas meninas e com a sequencia que teremos pela frente. Elas mostram também o que podem ainda fazer pela frente. Estamos começando a formar uma seleção brasileira mesmo com uma sequencia e elas vão ter essa oportunidade pra frente em todas as competições oficiais que o Brasil possa estar jogando”, disse.

Após sobrar na primeira fase da Copa América, o Brasil perdeu nas semifinais para Cuba e acabou tendo que decidir a vaga no Mundial diante de Porto Rico no sábado. Para Zanon, a equipe conseguiu suportar a responsabilidade de não poder tropeçar para conquistar a sua classificação.

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“A disputa de hoje foi o jogo de maior trabalho emocional que tivemos durante o torneio, porque reverter a situação da derrota de ontem para Cuba, em menos de 24 horas foi duro. Enfrentamos hoje um adversário que estava ferido e fortalecido do primeiro jogo, em que vencemos por uma larga diferença (91 a 54). Entramos o grupo um pouco tenso no jogo, mas tivemos muita qualidade nos sistemas que cada menina que acreditaram e foram buscar a superação. Esse deve ter sido o maior amadurecimento desse grupo dentro do nosso projeto. Pretendemos manter esse projeto pelo menos até a Olimpíada do Rio”, analisou Zanon.

FINAL – Já classificados para o Mundial de Basquete, Canadá e Cuba se enfrentaram na noite de sábado pela decisão da Copa América em Xalapa, no México, e a seleção caribenha se deu melhor, vencendo as canadenses, que estavam invictas na competição, por 79 a 71. Assim, conquistaram o título continental. A canadense Tamara Tatham foi a cestinha da partida com 25 pontos, seis a mais do que a cubana Oyanaisy Gelis.

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