Apenas uma semana depois de garantir vaga na Copa do Mundo do ano que vem, na Rússia, a Austrália está sem treinador. Nesta terça-feira, Ange Postecoglou anunciou sua saída do comando da seleção mesmo depois de ter alcançado o principal objetivo, que era levar o país ao seu quinto Mundial na história.
“Esta foi uma decisão muito difícil para mim. Foi um privilégio treinar a seleção nacional do meu país, liderá-la na Copa do Mundo de 2014, no título da Copa da Ásia de 2015 e, agora, classificá-la para a Copa do Mundo do ano que vem. Eu disse que podíamos fazer isso, e fizemos”, declarou Postecoglou nesta terça à noite (manhã de quarta-feira na Austrália).
O treinador fez sua carreira no futebol local antes de assumir o comando da seleção australiana em 2013. Ajudou a levá-la à Copa de 2014, no Brasil, mas acabou na última colocação de um grupo que tinha ainda Chile, Holanda e Espanha. Foi campeão da Copa da Ásia no ano seguinte, em casa, e, mesmo aos trancos e barrancos, conseguiu levar o país novamente ao Mundial depois de passar por Honduras na repescagem.
“Tudo isso, porém, cobrou um preço alto de mim, tanto pessoalmente quanto profissionalmente. Eu investi tudo que podia, sabendo o quão importante era este período para o futebol australiano. É com o coração pesado que eu preciso encerrar esta jornada”, disse ele.
Com isso, a Austrália se junta à Sérvia e à Arábia Saudita, que já não têm os mesmos técnicos que as classificaram para a Copa da Rússia. No caso da seleção árabe, o argentino Edgardo Bauza, ex-São Paulo, assumiu a vaga de Bert van Marwijk. Já do lado sérvio, ainda não há um substituto para Slavoljub Muslin.
A Austrália já avisou que também demorará para apontar o substituto de Postecoglou. “Não vamos nos apressar neste processo. A seleção australiana não jogará pelo menos até março do ano que vem, então, temos tempo para conduzir o processo. Com um lugar garantido na Copa do Mundo, tenho certeza que atrairemos fortes candidatos, disse o chefe executivo da federação de futebol do país, David Gallop.