A seleção argentina ainda não engoliu a derrota para o Brasil na semifinal da Copa América. Na véspera da disputa pelo terceiro lugar contra o Chile, o técnico Lionel Scaloni disse que a revolta pelos dois pênaltis não marcados para a sua equipe só aumenta com o passar dos dias.

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“Aconteceu uma coisa muito curiosa. Logo depois de uma derrota, normalmente, a gente fica revoltado e pensa que tiraram algo da gente. E no dia seguinte, e nos próximos, vai ficando mais tranquilo. Nesse aspecto foi o contrário. Quanto mais passa o tempo, mais a gente vê que tiraram algo da gente”, comentou o treinador em entrevista coletiva realizada na Arena Corinthians, palco do duelo com os chilenos.

Prova de que a irritação argentina não diminuiu foi que nesta sexta-feira a Associação de Futebol Argentino (AFA) enviou nova carta à Conmebol para reclamar da atuação do VAR no duelo com o Brasil. Desta vez, quem assinou o documento foi Federico Beligoy, diretor de arbitragem da entidade. Ele diz que houve falha na comunicação entre os árbitros durante o jogo e pediu explicações. A outra carta foi enviada pelo presidente da AFA, Claudio Fabián Tapia, no dia seguinte à derrota.

“A gente tinha o jogo na mão, tinha os méritos para ir à final. Mas o VAR, o árbitro e os detalhes pequenos não permitiram. Hoje, mais frio, percebo que alguma coisa aconteceu. Mas agora já foi. De alguma forma tem de virar a página. Mas ainda estamos muito doloridos e nos sentindo muito prejudicados”, prosseguiu Scaloni.

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FUTURO – O treinador também falou sobre seu futuro à frente da a seleção argentina. Ele assumiu a equipe como interino em novembro do ano passado e tem contrato até o final de 2019. “Falei com o presidente faz pouco tempo. Sei que vou cumprir meu contrato até o fim. Além disso a gente não sabe. Nos próximos seis jogos estarei a frente da seleção. Agora, sinceramente, isso não é o mais importante. mas confirmo que fico nesses seis jogos e é isso”, disse.

Durante a entrevista, ele precisou repetir inúmeras vezes essa declaração. Até que chegou o momento em que Scaloni minimizou a importância de quem estará no comando da seleção no próximo ano. Para ele, o importante é que a renovação seja mantida e com a base que ele convocou para a Copa América.

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“O Peru hoje está merecidamente na final, mas cinco dias atrás os peruanos estavam criticando a seleção. o futebol não tem lógica. O que acredito é que os jogadores tem de ser os mesmos. Quem vai estar sentado no banco de treinador não é o mais importante”, disse.

Por fim, mandou um recado aos veteranos. “Eles não têm que avisar antes se vão querer ou se não vão querer mais jogar pela a Argentina. Eles estão à disposição. Se aparecer a situação de ser convocado e não quiser, aí explicam depois e não antes”, encerrou.