O técnico Juan Ramon Carrasco fará, até domingo, uma avaliação criteriosa dos 30 jogadores que tem à disposição no atual elenco do Atlético. Destes, pelo menos sete devem fazer parte de um listão de dispensas. As observações do treinador também serão avaliadas pela diretoria de futebol. As decisões serão tomadas em conjunto, segundo o diretor geral do clube, Dagoberto dos Santos.

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Mesmo sem um lateral direito na equipe, Raul pode ficar de fora do grupo. O jogador, que foi uma das sensações da Copa São Paulo de 2009, não conseguiu se firmar entre os profissionais, atrapalhado principalmente por problemas extracampo que culminaram com seu afastamento. Foi emprestado a alguns clubes e acabou retornando ao Furacão, mas as chances de integrar o elenco principal são mínimas.

O mesmo acontece com Gabriel Pimba. O meio-campo, após ser afastado pelo técnico Adílson Batista, no início do Campeonato Brasileiro de 2011, teve a oportunidade de reiniciar a carreira no Fortaleza, mas não durou uma semana no clube. A diretoria alegou que o atleta estava sem condições físicas para atuar. Antes disso, Pimba entrou em negociação com o Náutico, mas o clube desistiu da contratação alegando que ele estava no mesmo nível dos jogadores mais jovens que já faziam parte do elenco.

Com participação mais recente no Atlético, o zagueiro Rafael Santos é outro que precisa mostrar serviço se quiser ficar. Em 2011, a má fase o perseguiu. O zagueiro teve suas férias antecipadas em novembro e só voltou a aparecer na quarta-feira. Bastante criticado, foi um dos principais alvos da torcida e deve acabar no Comercial-SP. O clube já tem proposta pronta para o zagueiro desde dezembro. Mas antes de qualquer negociação, todos precisam passar pelo crivo de Carrasco. Nenhum jogador deixará ou chegará ao Furacão sem a avaliação do treinador.

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Por isso, ontem ele colocou o elenco do Atlético para trabalhar. Contrariando a rotina dos clubes brasileiros, que antes realizam testes clínicos e físicos para depois pôr os jogadores para atuar com bola, no Furacão, os atletas tiveram de ir para o campo e mostrar rendimento. A mudança na rotina faz parte da corrida contra o relógio, a que se refere Carrasco. O treinador quer avaliar o elenco o quanto antes para iniciar efetivamente os treinamentos. “Muitas equipes estão há dois, três meses trabalhando, e na teoria estariam melhor que nós. Mas não quer dizer que não possamos ganhar”, disse o comandante rubro-negro, referindo-se aos times do interior que vão disputar o Campeonato Paranaense, e que já treinam desde novembro.