Entra ano, sai ano...

Tapetão, troca de acusações e indefinição: Paranaense não consegue fugir das polêmicas

Atletiba que não aconteceu. Apenas um dos exemplos de confusão neste Campeonato Paranaense. Foto: Hugo Harada

A cada ano que passa, o Campeonato Paranaense convive com problemas nos bastidores que às vezes chamam mais a atenção do que a bola rolando. Sempre existem casos de julgamentos que refletem diretamente na classificação ou polêmicas com dirigentes reclamando de algo. Mas parece que a edição de 2017 quer superar qualquer temporada anterior.

O Estadual esta chegando na reta final da primeira fase, mas parece que ainda está longe de uma definição. Principalmente nos tribunais. O TJD-PR (Tribunal de Justiça Desportiva do Paraná) terá tanto trabalho quanto os times. A começar pela pauta desta segunda-feira (14), quando a confusão do Atletiba, que deveria acontecer no dia 19 de fevereiro, será julgada. Dirigentes dos dois clubes, e o árbitro Paulo Roberto Alves Júnior e além de funcionários que estavam no gramado podem ser punidos.

Mas o principal assunto que está nas mãos dos advogados e que interfere diretamente no campeonato será julgado na próxima quinta-feira (16), quando o pleno do TJD irá definir a situação do J. Malucelli, que havia perdido 16 pontos por conta da suposta escalação irregular do atacante Getterson. Independentemente do resultado, que ainda pode ser recorrido ao STJD (Superior Tribunal de Justiça Desportiva), a tabela sofrerá consequências.

Neste momento, o Jotinha, graças ao efeito suspensivo concedido pelo Tribunal, está com 14 pontos e é vice-líder da primeira fase. Mas se o pleno confirmar a decisão da comissão disciplinar, a equipe voltaria à lanterna do Paranaense com dois pontos negativos, o que mexeria na posição de todos os times, à exceção do Paraná Clube.

Guerra

Além disso, Federação Paranaense de Futebol e a dupla Atletiba estão seguindo caminhos opostos. A entidade bateu de frente com Atlético e Coritiba em relação à realização da partida. Após o clássico e toda a confusão, o Atlético entrou com a chamada “notícia de infração”, denunciado a Federação e a responsabilizando pela crise que gerou o cancelamento do jogo em 19 de fevereiro.

A entidade aproveitou a situação e fez a mesma coisa, só que contra os dois clubes. Os dois pedidos de abertura de inquérito foram arquivados pelo procurador Henrique Cardoso dos Santos, que alegou que todos os pontos citados por Furacão e FPF já estavam na denúncia apresentada pela Procuradoria e que irá a julgamento a partir das 19h.

Mas tanto o clube quanto a entidade pediram reanálise de seus pedidos para o TJD, e os dois casos foram entregues nesta segunda-feira ao procurador-geral, Gilson João Goulart Júnior, que deve autorizar ou não a abertura de inquérito até o início da próxima semana.

Agora, no último domingo (12), o técnico Paulo Autuori acusou a FPF de retaliação e de prejudicar o Furacão ao não querer mudar a data do duelo com o Londrina.

Brigas e picuinhas que, entra ano e sai ano, continuam rondando o Campeonato Paranaense, acostumado a essas polêmicas. Com mais quase dois meses pela frente, o Estadual de 2017 certamente ainda deve colecionar mais alguns contratempos, que acabam bagunçando o torneio.

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