Foto: Valquir Aureliano/Tribuna

Sessenta operários trabalham
nos últimos detalhes, como pastilhamento da fachada.

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Os ingressos para o ?jogo histórico? começam a ser vendidos hoje, dando início à contagem regressiva para a volta à Vila Capanema. No dia 20 de setembro – frente ao Fortaleza, pela 25.ª rodada do Brasileirão – o Paraná Clube reabre os portões do Estádio Durival de Britto, revitalizado e ampliado, com capacidade para 16.700 torcedores. A obra, que chegou aos R$ 2,5 milhões, foi toda custeada pela torcida tricolor, com a compra de camarotes, cadeiras, produtos da campanha ?Vila, tá na hora!? e contribuições espontâneas.

?Os números foram apresentados e aprovados pelo nosso conselho?, disse o vice de planejamento, Márcio Villela. A renda líquida desse jogo será, segundo o dirigente, suficiente para que as últimas dívidas sejam saldadas. ?É importante destacar que tudo foi feito sem que precisássemos mexer nos cofres do clube?, disse Villela. ?Essa volta para casa representa a recuperação da auto-estima dos paranistas.? O projeto sofreu ajustes desde o seu lançamento, no final do ano passado, o que gerou atrasos nas obras. Um dos pontos principais foi a mudança do portão principal para a nova curva norte (com o pastilhamento de toda a fachada externa), sem contar a construção de outros dezesseis camarotes e benfeitorias.

?O importante é que a obra está em sua reta final?, frisou Márcio Villela. Os ingressos para o jogo de reinauguração da Vila variam de R$ 30,00 a R$ 60,00 (mas, há meio-ingresso em todos os setores) e a partir de hoje o clube já apresenta uma novidade. O Paraná introduz um novo sistema (Task) para a impressão imediata de ingressos. O sistema de última geração – utilizado apenas no Beira-Rio – permite o monitoramento de bilheterias, catracas e movimento de público. ?Com isso, não haverá filas, nem tumulto para a entrada do estádio. Esse sistema custou aproximadamente R$ 370 mil e o primeiro ingresso será adquirido pelo prefeito em exercício, Luciano Ducci, hoje pela manhã.

?O nosso objetivo é gerar conforto para o torcedor. Fazer com que ele crie o hábito de vir ao estádio?, lembrou Villela. O Durival de Britto terá estacionamento com capacidade para 620 veículos, amplos sanitários e lanchonetes e local específico para deficientes físicos. ?Não tenho dúvida que na Vila a nossa média de público será em torno de oito a dez mil pagantes por jogo, praticamente o dobro dos números atuais?, disse o dirigente. Com sessenta operários atuando em várias frentes – pintura, pastilhamento, acabamento interno de camarotes e demais dependências – a comissão ?Vila, tá na hora!? garante que tudo estará pronto antes mesmo do dia 20 de setembro.

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Olho gordo do Ituano?

Duas baixas em menos de 24 horas. Mesmo sem prejuízo ao time titular, o técnico Caio Júnior perdeu importantes opções na formação do banco de reservas para o jogo de sábado – às 18h10, no Palestra Itália -, frente ao Palmeiras. O meia Gérson vai ficar pelo menos dois meses ?fora de combate?, enquanto Joelson será reavaliado hoje pela manhã, mas já não está nos planos para o jogo deste fim de semana.

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?Mesmo que seja só uma contratura, o tempo mínimo de recuperação é de três dias?, disse o médico Júnio Chequim, praticamente descartando a possibilidade de Joelson estrear com a camisa tricolor.

O técnico Caio Júnior creditou a lesão à ansiedade do atleta em voltar a jogar. ?Pelos testes realizados nos últimos dias, o Joelson seria o nosso jogador com menores probabilidades de contusão muscular. Ele sentiu a fisgada com quinze minutos de treino?, comentou o treinador paranista.

Coincidentemente, Pierre -outro jogador que saiu ?brigado? do Ituano – também não conseguiu até o momento fazer a sua estréia. Seria ?olho gordo? de Oliveira Júnior?

O ?dono? do Ituano nunca escondeu sua revolta com a saída dos atletas através de ações judiciais (e vem tentando reverter o quadro nos tribunais competentes). O volante Pierre sofreu duas entorses seguidas no tornozelo direito e o médico Júnio Chequim antecipou que ele não volta aos treinos antes de duas semanas.

O caso mais complicado é o de Gérson. O meia sofreu uma luxação acrômio-clavicular, com o possível rompimento de ligamentos. Um exame hoje pela manhã determina a extensão da lesão. Gérson, ao que tudo indica, será operado ainda hoje e o prazo para a recuperação gira em torno de sessenta dias. Quem também fica pelo menos cinco semanas ?no estaleiro? é o volante Goiano, com uma pubalgia aguda traumática.

Esses, no entanto, não são os únicos lesionados. Outros quatro jogadores seguem em tratamento e não voltam aos treinos antes de três semanas: Zumbi, Cuca, Henrique e Eltinho. O técnico Caio Júnior só mantém aparente tranqüilidade diante das várias opções, já que hoje o Paraná Clube possui um elenco numeroso, formado por 32 jogadores. ?Estamos conseguindo manter um bom nível de atuação, independente das mudanças. Mas, é bom voltar a contar com esses jogadores o quanto antes, senão poderemos ter problemas?, avisou o técnico. (IC)