Suspeita de pedofilia no futebol vai parar na Justiça

O Ministério Público do Rio Grande do Sul acusou o ex-coordenador de categorias de base do Grêmio José Alzir Flor da Silva, de 58 anos, de praticar abusos contra menores de idade. O caso está na Vara da Infância e da Juventude de Porto Alegre para julgamento. O clube demitiu o servidor, que ainda não concedeu entrevistas para apresentar sua versão, mas constituiu advogado para sustentar que é inocente.

A investigação começou no ano passado, por denúncia da mãe de um dos jovens, e concluiu que o ex-coordenador usava da proximidade e da condição de superior para cometer abusos nos dormitórios que os adolescentes usavam quando iam jogar no interior do Estado e até mesmo no alojamento do estádio Olímpico. As vítimas teriam sido pelo menos três garotos, com idades entre 11 e 13 anos.

Além de encaminhar denúncia à Justiça, o Ministério Público fez um acordo com o Grêmio e o Internacional para evitar que casos semelhantes se repitam. Os dois clubes se comprometeram a levantar antecedentes dos profissionais que contratarem para trabalhar com suas categorias de base e também a submetê-los a avaliação psicológica.

Além disso, Grêmio e Internacional devem informar o Ministério Público se houver qualquer suspeita de pedofilia, para investigação. “A gente sabe que pessoas com tendências pedofílicas vão para esse tipo de área, como clubes e escolas”, advertiu Denise Villela, promotora de Justiça da Infância e da Juventude de Porto Alegre.

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