Suspeita de doping na seleção Argentina campeã mundial em 78

O ex-atacante Oscar Ortiz, campeão da Copa de 78 pela Argentina, negou que a seleção tenha usado substâncias dopantes na final contra a Holanda.

"Isso é ele que está dizendo. Nunca falei algo assim com ele", disse Ortiz, referindo-se aos comentários do peruano José Velásquez, que acusou jogadores da seleção argentina de doping no documentário "Mundial 78: Verdade ou Mentira".

Velásquez, volante do Peru naquele torneio, disse que Ortiz lhe contou durante um vôo para a Argentina, seis meses depois da Copa, que sua seleção jogara dopada a competição, e disse que "era uma exigência, pois quem não se dopava não jogava".

O peruano também comentou sobre os subornos. Segundo ele, Ortiz teria dito que nos Mundiais "há dinheiro, drogas, portanto há suborno e doping".

No documentário, Velásquez disse que a "a Argentina foi campeã, mas ilegalmente, com anabolizantes para dar maior velocidade e potência aos jogadores".

O médico da Argentina em 78, Rubén Oliva, perguntado se a seleção jogara dopada, foi taxativo: "Absolutamente não".

Oliva, de 84 anos e que hoje mora na Itália, disse que o apelido de "Seringa Mecânica" que recebeu dos atletas se deveu aos seus tratamentos para a cura de dores musculares, e não a aplicações de substâncias dopantes.

Apesar da vergonha e da culpa fazerem parte da consciência argentina em relação àquela final, de 78, vários torcedores rechaçam as acusações de suborno e doping referentes à seleção.

Afirmam que o general Jorge Videla, que comandava o país na época, não interferiu e que César Menotti, técnico daquela seleção, foi responsável pelo título, graças a um esquema ousado e ofensivo liderado pelo artilheiro Mario Kempes.

Grupos de WhatsApp da Tribuna
Receba Notícias no seu WhatsApp!
Receba as notícias do seu bairro e do seu time pelo WhatsApp.
Participe dos Grupos da Tribuna
Voltar ao topo