Frustrado pela eliminação da Bósnia já na segunda rodada do Grupo F após derrotas para Argentina e Nigéria, o técnico Safet Susic defendeu seu trabalho à frente da equipe e diz não se arrepender de nenhuma decisão tomada durante a preparação e os jogos.
Com contrato prestes a vencer, ele também não quis falar sobre o futuro, mas as especulações na imprensa bósnia são de que a federação local não irá renovar o vínculo apesar de ele ter conseguido a histórica classificação para a Copa, a primeira do país.
“Não me arrependo de nada, nós praticamente começamos com o mesmo times que vencemos os amistosos contra México e Costa do Marfim. Sobre meu futuro, não posso dar uma resposta antes do jogo, mas em até dez dias meu futuro será conhecido por todos”, disse, sem esconder que gostaria de continuar à frente da seleção.
O único momento em que o treinador ficou desconfortável durante a entrevista coletiva desta terça-feira foi quando perguntado se não era hora de jogar com um esquema um pouco mais ofensivo ao invés de isolar Dzeko na frente. Susic rebateu a pergunta e creditou as derrotas à falta de êxito na hora de concluir – a Bósnia marcou apenas um gol e teve outro mal anulado.
“Nunca jogamos com um homem de frente, sempre são vários atacantes porque os meias sempre estão próximos aos homens de frente, sempre acabamos as jogadas com quatro ou cinco jogadores na frente. O problema é que desperdiçamos as chances, não fomos efetivos. Se não marcamos os gols, é claro que perderemos os jogos”.
Lanterna do Grupo F, a Bósnia encerra sua participação na Copa do Mundo contra o Irã nesta quarta-feira às 13 horas na Arena Fonte Nova. Os iranianos precisam vencer o jogo e torcem por uma derrota da Nigéria para a Argentina para passarem à próxima fase.