Surfistas brasileiros protestam contra marcas

Florianópolis – Os surfistas brasileiros têm vida de gladiador: enfrentam o desafio de dar show e sobreviver, quase sempre lutando em desvantagem contra os adversários. Mas os guerreiros do surfe brasileiro estão descobrindo uma nova arma: a palavra. Durante o Nova Schin Festival, a etapa nacional do World Championship Tour (WCT), não estão hesitando em usá-la em defesa dos atletas do País, carentes de reconhecimento e apoio.

Peterson Rosa, radicado em Matinhos, está na linha de frente. Segunda-feira, na coletiva de apresentação do Nova Schin, reclamou das marcas internacionais de surfwear, que quase não dão apoio aos brasileiros. Quinta, foi a vez de criticar a falta de apoio da imprensa.

Mas Rosa não está sozinho. Indignado com o fato de ter perdido a bateria para um estrangeiro por décimos, Guilherme Herdy desabafou. “É frustrante porque acontece sempre. Os atletas com um melhor marketing sempre levam vantagem em baterias equilibradas. Estou competindo há 12 anos contra essa barreira que só o Teco Padaratz e o Fabinho Gouveia conseguiram ultrapassar.”

Na seqüência, explicou o círculo vicioso. “As grandes marcas trabalham melhor o marketing. Os caras patrocinados por eles estão sempre aparecendo e, com isso, mesmo quando o surfe deles não é tão bom, eles levam vantagem.” O surfista também contou que há resistência de empresas estrangeiras para patrocinar brasileiros.

Adiamento

Mais um dia com ondas pequenas em Florianópolis. Com isso, foi adiada mais uma vez a realização da segunda rodada da etapa brasileira do WCT, a primeira divisão do surfe mundial. Os surfistas não puderam competir na sexta-feira e muito menos ontem – agora, a expectativa é de disputa na manhã de hoje.

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