Surfista reclama de troféu retido na alfândega

O surfista Adriano de Souza, mais conhecido como Mineirinho, reclamou publicamente que não consegue retirar da alfândega brasileira um troféu conquistado no último dia 8 de julho, na África do Sul.

Atual quinto colocado do ranking da Associação dos Surfistas Profissionais, ele venceu a etapa mundial de Jeffrey’s Bay, válida pela segunda divisão do surfe.

Há um mês e meio, ele conta, a taça veio para o Brasil junto com um quadro. Porém, ainda de acordo com o atleta, a premiação ficou presa na Receita Federal de Guarulhos (Grande São Paulo) com a alegação de que seria usada como exposição.

“É um troféu de dez quilos e um quadro de um metro quadrado. Os organizadores enviaram para o Brasil e a Receita Federal disse que era necessária outra documentação para a retirada, pois seriam usados como exposição”, afirmou Mineirinho à Folha de S.Paulo, por telefone.

Segundo o surfista, a Receita Federal exigiu o pagamento de uma taxa de R$ 2.650. “Eu paguei e não adiantou nada. O problema continuou.”

Sem conseguir pegar o troféu e o quadro, ele resolveu fazer um apelo em sua página no Facebook na última quinta-feira.

No texto, Mineirinho pediu ajuda até para a presidente Dilma Rousseff. “Teve um alcance de mais de um milhão de pessoas”, afirmou.

Hoje, o atleta foi à Receita Federal de Guarulhos. “Eles não conseguiram localizar o troféu e o quadro. Mas me prometeram dar uma resposta até o fim desta semana e que, quando localizados, darão início ao processo de liberação”, disse.

“Se for preciso, eu vou a Brasília ou, até mesmo à África do Sul para pedir outro troféu. Não vou abrir mão porque esta premiação significa muito para mim.”

Outro lado

O auditor da Receita Federal Luiz Monteiro falou que o surfista precisa fornecer mais dados para que os objetos sejam encontrados.

“Nós queremos ajudá-lo. Mas nós precisamos de dados como: número do voo, o dia em que chegou ao Brasil e o aeroporto em que a carga foi recebida. Temos várias mercadorias apreendidas na Receita Federal. Sem estes dados e algum documento que comprove o envio, fica difícil auxiliá-lo”, disse.

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