O Paraná Clube terá que procurar um novo superintendente geral para a vaga de Giovani Linke. O antigo dono da “pasta” deixou o clube alegando questões pessoais. Na sua gestão, Linke foi responsável por administrar crises internas dentro da sede da Kennedy e propor projetos como a maior profissionalização das categorias de base, fidelização dos sócios e também da ideia de Atletas Brasileiros, que ainda não saiu do papel.
Com larga experiência em administração, Linke sempre acreditou que poderia unir os conhecimentos acadêmicos com a paixão pelo Tricolor para ajudar o clube na questão financeira. “A balança está desequilibrada e isto atrapalha diretamente o futebol. Não conseguimos competir com igualdade com os rivais. Precisamos reduzir as despesas internas e aumentar a arrecadação”, disse em entrevista à Tribuna no final do ano passado, quando foi apresentado como substituto de Celso Bittencourt.
Linke trabalhou diretamente no objetivo de aumentar a receita através de novos associados. Atualmente, o clube tem a arrecadação mensal de 2.500 sócios olímpicos e 3.400 na modalidade sócio sempre torcedor, gerando uma receita de R$ 500 mil. O número é baixo para manter o caixa do clube, mesmo com a redução do déficit mensal em R$ 300 mil em relação ao início do ano. O sonho da atual diretoria é chegar a oito mil associados.
Além disto, o profissional acumulava o setor de recursos humanos do clube. Com muitos contatos, Linke é ligado aos torcedores e antes de ocupar a vaga de superintendente, foi cônsul do Tricolor em Brasília. “Ainda não foi oficializado o pedido de licença, mas mesmo que isto ocorra, ele vai continuar participando da diretoria”, afirmou o vice-presidente de futebol, Celso Bittencourt. Giovani Linke segue na vice-presidência de administração do Paraná.
Antes dele saíram o gerente de futebol Roque Júnior e vários atletas insatisfeitos com a falta de pagamento dos salários.