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Sun Yang vence 200m livre, leva 2º ouro na Coreia do Sul e causa polêmica

O nadador chinês Sun Yang voltou ao lugar mais alto do pódio no Mundial de Esportes Aquáticos, na Coreia do Sul. E, novamente, esteve envolvido em polêmica. Após se sagrar bicampeão mundial nos 200 metros livre, em razão da desclassificação do lituano Danas Rapsys, ele provocou o rival britânico Duncan Scott em cima do pódio e na saída da cerimônia de premiação.

Yang, uma das figuras mais polêmicas da competição, bateu em segundo lugar na final da prova. Atual campeão olímpico e mundial dos 200m livre, ele anotou o tempo de 1min44s93. Porém, acabou herdando a vitória porque Rapsys, vencedor da disputa, com 1min44s69, queimou a largada e foi desclassificado segundos após celebrar o triunfo.

Um leve movimento de quadril quando estava sobre o bloco de partida foi a causa apontada para a sua eliminação. A federação lituana de natação apresentou rápido protesto contra a decisão, mas não teve sucesso. A entidade deve fazer nova manifestação contra a desclassificação do atleta nesta terça ou nos próximos dias.

Sun Yang acabou comemorando a vitória ainda na piscina, algo incomum quando se trata de desclassificação de adversário. Mas a polêmica acabou acontecendo mesmo no pódio, formado também pelo japonês Katsuhiro Matsumoto, medalhista de prata, com 1min45s22. O bronze foi para dois nadadores. O russo Martin Malyutin e o britânico Duncan Scott anotaram 1min45s63.

Na cerimônia de premiação, Scott se recusou a cumprimentar Yang e a sair na foto tradicional com os demais medalhistas no lugar mais alto do pódio. O chinês respondeu com gestos e provocações. Na saída da cerimônia, ele chegou a proferir palavras diante do rosto do adversário, que não reagiu.

Trata-se da segunda polêmica envolvendo o nadador chinês neste Mundial. Depois da vitória de Yang na prova dos 400 metros livre, o australiano Mack Horton se recusou a tirar a foto com o chinês e não o cumprimentou na cerimônia de premiação. Horton e a federação australiana de futebol foram advertidos pela Federação Internacional de Natação (Fina).

Sun Yang se tornou figura controversa na natação em razão do comportamento ríspido diante dos rivais e também porque foi flagrado no doping em 2014, quando cumpriu suspensão de três meses. Mais recentemente, no ano passado, ele destruiu amostras suas de sangue com um martelo durante uma visita de fiscais antidoping. Na ocasião, alegou que um dos fiscais não apresentou as devidas credenciais, resposta que foi aceita pela Fina.

Ele, contudo, ainda está em investigação por conta deste caso. E só está competindo em Gwangju por conta de permissão da Fina. Se vier a ser punido, poderá até ser banido do esporte de forma definitiva. Além de 11 títulos mundiais, ele soma seis medalhas olímpicas, sendo três de ouro.

FEMININO – Em uma das maiores rivalidades atuais da natação, a norte-americana Lilly King superou a russa Yuliya Efimova ao anotar 1min04s93, contra 1min05s49 da adversária na final dos 100 metros peito. A italiana Martina Carraro faturou o bronze, com 1min06s36.

Nos 100m costas, o ouro foi para a canadense Kylie Masse, com 58s60. A australiana Minna Atherton levou a prata, com 58s85, seguida da norte-americana Olivia Smoliga, com 58s91.

Nos 1.500m livre, a italiana Simona Quadarella foi a vencedora da prova mais longa da natação em piscina, com 15min40s89. A alemã Sarah Kohler levou a prata, com 15min48s83. E o bronze foi para a chinesa Jianjiahe Wang, com 15min51s00.

A prova foi marcada pela ausência de Katie Ledecky por questões de saúde. Campeã mundial da prova na última edição da competição, ela desistira horas antes da final. A federação norte-americana de natação não revelou detalhes sobre as condições da nadadora. Ledecky já havia desistido também dos 200 metros livre.

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