Sul-Americana garantiu o ano atleticano

Adeus ano velho. Se não chegou a ser trágico, 2006 deixará poucas lembranças agradáveis ao torcedor atleticano. Fiasco no Estadual, na Copa do Brasil, no Brasileiro – só a Sul-Americana garantiu alguns momentos de alegria.

Pouco para quem começou 2006 ganhando as manchetes do mundo. A contratação de Lothar Matthäus surpreendeu pela ousadia. Não só porque era simplesmente o capitão da Alemanha campeã de 1990, mas também pela realização da Copa 2006 em seu país-natal, aguçando a curiosidade do planeta sobre o tal ?Atlético Paranaense?.

Parecia uma jogada perfeita de marketing, mas a aparição do alemão virou uma espécie de aventura tropical. O time até que rendeu, mas fora de campo Matthäus meteu-se em brigas, viveu suposto romance extraconjugal e, para fúria da diretoria, refugiou-se na Europa sem explicações convincentes.

Com o interino Vinícius Eutrópio, a primeira decepção: duas derrotas para a Adap significaram o adeus ao Paranaense nas quartas-de-final. A eliminação na 2.ª fase da Copa do Brasil tornou-se o segundo vexame em seqüência.

No jogo de volta com o Volta Redonda, Givanildo Oliveira fez sua estréia. Sintomático: o atrapalhado pernambucano jamais deu um padrão de jogo ao time. Execrado pela torcida, caiu depois de perder um clássico para o Paraná.

Solução ?caseira?, Vadão chegou com jeito apaziguador. Aos poucos o Atlético ganhou corpo e virou um time com ataque mortal – Cléber, Ferreira e Marcos Aurélio foram os destaques da reação. A boa fase coincidiu com a participação na Copa Sul-Americana – e ?El Paranaense? teve presença marcante. Eliminou o Paraná, o poderoso River Plate (a vitória no Monumental de Nuñez foi o grande momento da temporada) e o Nacional do Uruguai. Então foi vítima da mesma gangorra que culminou com a campanha decepcionante no Brasileirão: perdido, caiu sem apelação nas semifinais contra os mexicanos do Pachuca. Inconstância que a torcida quer ver pelas costas em 2007.

Extracampo

O Atlético também viveu emoções fora dos gramados.

O caso mais rumoroso foi a briga com Dagoberto, que parou na Justiça do Trabalho e transformou o antigo xodó em vilão. Mas houve boas notícias: o acordo com o Expoente tira o colégio da vizinhança da Arena já em fevereiro. Tudo pronto para a sonhada conclusão da Arena? Ainda não. Na onda da Copa de 2014 no Brasil, o Atlético pleiteia um financiamento vantajoso para ampliar o estádio com o menor sacrifício possível

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