Diferente da natação, em que os atletas têm picos de altíssimo rendimento e costumam fazer suas melhores marcas no Mundial, no atletismo os recordes (pessoais, nacionais, mundiais) são exceção, não regra. Mas não foi isso que se viu na fortíssima final dos 400m rasos no Mundial de Pequim (China), na qual o medalhista de bronze fez o equivalente à oitava melhor marca da história.

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A vitória nesta quarta-feira ficou com o sul-africano Wayde van Niekerk, que completou a prova em 43s48. Em todos os tempos, só cinco apresentações foram mais rápidas. Quatro do recordista mundial Michael Johnson, entre 1995 e 1999, uma de Harry Reynolds (em 1988, para bater o recorde mundial) e outra do também norte-americano Jeremy Wariner (na final do Mundial de 2007).

Mesmo assim, Van Niekerk não sobrou, pelo contrário. Foi seguido de perto pelo norte-americano LaShawn Merritt, bicampeão mundial e campeão olímpico em Pequim (2008), que bateu seu recorde pessoal: 43s65, assumindo o quinto lugar do ranking de todos os tempos. Já o atual campeão olímpico, Kirani James, de Granada, completou a prova em 43s78, equivalente ao oitavo lugar do ranking histórico dos 400m.

A final foi tão forte que o atual vice-campeão olímpico, o dominicano Luguelín Santos, bateu recorde nacional (44s11) e ficou fora do pódio. Então líder do ranking mundial, Isaac Makwala, de Botsuana, ficou só em quinto.

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BARREIRAS – Quem também deu show nesta quarta-feira no Ninho do Pássaro foi a checa Zuzana Hejnova, que venceu nos 400m com barreiras com o tempo de 53s50, nova melhor marca da temporada, para faturar o bicampeonato mundial. A norte-americana Shamier Little, atual campeã mundial júnior, foi prata, com a compatriota Cassandra Tate faturando o bronze.