A Suíça sofreu para confirmar a sua condição de cabeça de chave neste domingo, em sua estreia na Copa do Mundo. Com a torcida ilustre de Joseph Blatter nas tribunas, a seleção do presidente da Fifa saiu atrás no placar, buscou o empate no início do segundo tempo e alcançou a suada vitória, por 2 a 1, aos 47 minutos do segundo tempo da partida disputada no estádio Nacional de Brasília (Mané Garrincha).

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Em uma Copa que já está marcada pela quantidade de gols, o duelo registrou a quinta virada em nove jogos disputados até agora. E deixou os suíços na liderança provisória do Grupo E, com três pontos. O Equador, sem pontos, vai torcer por um empate entre França e Honduras, ainda neste domingo, para não ficar para trás na chave.

Com fama de sólida defesa, a Suíça não agradou à torcida e também fraquejou no ataque, com apenas um homem no setor ofensivo. Xherdan Shaqiri, maior aposta do time cabeça de chave, esteve aquém do esperado e comandou o lento meio de campo da equipe. Do outro lado, o Equador contou com o apagado Erazo, do Flamengo, e Montero, um dos destaques da seleção sul-americana.

Mesmo assim, o time suíço mostrou empenho em campo nos minutos finais da partida e, em um segundo tempo de pouca técnica mas muita vontade, buscou o seu primeiro triunfo nesta Copa. Os torcedores comemoraram o resultado depois de sofrer com dificuldades para acessar o estádio. Longas filas na rua deixaram as arquibancadas quase vazias nos instantes iniciais da partida.

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O JOGO – A Suíça chegou ao Brasil com o status de cabeça de chave da Copa, a fama de ter uma sólida defesa e o orgulho de ter vencido a seleção brasileira em amistoso disputado no ano passado. Mas nada disso intimidou o Equador no início da partida disputa em Brasília.

Sem tomar conhecimento dos suíços, os equatorianos partiram para o ataque e deram trabalho para a zaga rival nos primeiros minutos. As investidas, na base das jogadas individuais, geravam pouco perigo até que, aos 21 minutos, a famosa defesa europeia se dissolveu em lance de bola parada. Em cobrança de falta na área, Enner Valencia subiu tranquilo na pequena área e cabeceou para as redes.

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O gol deu tranquilidade ao Equador, que reduziu o ritmo e passou a jogar recuado. A Suíça, então, foi para o ataque, sem sucesso. Com limitações na armação, e sem maior participação do meia Shaqiri, uma das esperanças da equipe, o time suíço tentava levar perigo em finalizações de longa distância.

Assim, empilhou uma sequência de chutes, testando Alexander Dominguez. Xhaka, aos 12, Shaqiri, aos 15, e Rodriguez, aos 18, deram mais trabalho ao goleiro equatoriano. Behrami, de cabeça quase na pequena área, também ameaçou, aos 33. E dois minutos depois, a Suíça criou sua melhor chance, em chute de longe, de Inler. Dominguez desviou com a ponta dos dedos.

A pressão suíça surtiu resultado somente depois do intervalo. Mehmedi, que acabara de entrar em campo, desviou de cabeça após escanteio na área e empatou o jogo em seu primeiro lance, aos 2 minutos.

O empate deu novo ânimo para as duas equipes. A partida ganhou em velocidade e emoção, para alegria da torcida. O Equador saiu mais para o jogo esteve perto de marcar o segundo aos 20, em investida de Montero pela esquerda. Benaglio fez a defesa.

Os suíços responderam aos 24 minutos, com Drmic, que aproveitou bobeada da defesa rival e mandou para as redes. Mas o gol foi anulado por impedimento duvidoso anotado pela arbitragem. Do outro lado, o Equador já ameaçava novamente com ajuda do goleiro suíço. Benaglio saiu mal do gol, aos 28, e Enner Valencia só não marcou porque a zaga afastou a tempo.

Neste ritmo alucinante, as duas equipes passaram a se alternar no ataque. E quem se deu melhor foi o time suíço em uma grande roubada de bola nos acréscimos. Behrami, valente, resistiu à forte marcação, sofreu falta, mas seguiu com a jogada que culminou em, cruzamento de Ricardo Rodriguez pela esquerda e conclusão de Seferovic.

Na próxima rodada, a Suíça vai enfrentar a França, na sexta-feira, na Arena Fonte Nova, em Salvador. O Equador vai duelar contra a modesta equipe de Honduras, no mesmo dia, na Arena da Baixada, em Curitiba.

FICHA TÉCNICA

SUÍÇA 2 x 1 EQUADOR

SUÍÇA – Diego Benaglio; Stephan Lichtsteiner, Steve Von Bergen, Johan Djourou e Ricardo Rodriguez; Gokhan Inler, Valon Behrami, Xherdan Shaqiri, Granit Xhaka e Valentin Stocker (Admir Mehmedi); Josip Drmic (Haris Seferovic). Técnico: Ottmar Hitzfeld.

EQUADOR – Alexander Dominguez; Juan Carlos Paredes, Jorge Guagua, Fricson Erazo e Walter Ayovi; Carlos Gruezo, Christian Noboa, Jefferson Montero (João Rojas) e Antonio Valencia; Enner Valencia e Felipe Caicedo (Michael Arroyo). Técnico: Reinaldo Rueda.

GOLS – Enner Valencia, aos 21 minutos do primeiro tempo; Mehmedi, aos 2, e Seferovic, aos 47 minutos do segundo tempo.

CARTÕES AMARELOS – Djourou (Suíça); Paredes (Equador).

ÁRBITRO – Ravshan Irmatov (Fifa/Usbequistão).

RENDA E PÚBLICO – Não disponíveis.

LOCAL – Estádio Nacional de Brasília (Mané Garrincha), em Brasília (DF).