Apesar de fechar 2011 com um superávit que é quase utopia para a maioria dos times brasileiros, o futebol do Atlético custou caro ao clube neste ano. Houve uma série de equívocos que culminaram com o rebaixamento rubro-negro. O principal deles pode ter sido a demissão do técnico Geninho. Ele, que foi o único treinador a conseguir um aproveitamento superior a 50% na atual temporada – foram 83% -, acabou demitido para dar lugar a Adílson Batista.

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O sucessor de Geninho, além de não conseguir dar o título estadual ao Furacão, largou no Campeonato Brasileiro construindo a seguinte campanha: um ponto em seis partidas. Sem resistir à pressão dos resultados, e uma alegada falta de tato para conviver com a torcida e o elenco, Adílson Batista foi embora e com ele também se foram o diretor de futebol Valmor Zimermmann e supervisor remunerado Ocimar Bolicenho.

O departamento foi entregue ao empresário Alfredo Ibiapina, que decidiu abrir os cofres do clube para alcançar os resultados. Com o aval do presidente Marcos Malucelli, os gastos contrariaram o vice-presidente Ênio Fornéa, que vinha dando a palavra final no quesito financeiro. Resultado: Ibiapina e Fornéa bateram de frente e o vice renunciou, levando com ele também a outra vice do clube, Yara Eisenbach.

Com pista livre, Ibiapina trouxe Renato Gaúcho para substituir Adílson Batista por uma salário de R$ 400 mil por mês. Depois, acertou a contratação mais polêmica do Atlético no ano: o uruguaio “Morro” García, por mais de R$ 7 milhões. Parte desse dinheiro deveria ter outro destino: o argentino Martinuccio, atualmente no Fluminense.

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Gaúcho e “Morro” não deram jeito no Atlético. O treinador abandonou o barco após derrota por 1 x 0 para o Atlético-MG, na 1.ª rodada do returno. Ele comandou o time em 15 jogos, obteve 4 vitórias, 5 empates e 6 derrotas e deixou o CT do Caju sem conseguir mobilizar o elenco rumo à recuperação. O único bom momento ocorreu na 17.ª rodada do turno, quando o time ganhou do Cruzeiro por 2 x 1 e deixou a zona de rebaixamento pela única vez neste campeonato.

Com a saída de Renato Gaúcho, o Atlético decidiu não correr mais riscos e optou por uma solução manjada: trouxe Antônio Lopes. A meta do Delegado era uma só: livrar o time do rebaixamento. Mas não houve tempo. Lopes até conseguiu minimizar os problemas internos do elenco, mas cometeu erros em escalações e perdeu jogos que não poderia perder. Rodada a rodada, o time foi se afundando e culminou com a queda. O “incaível” caiu.

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