Neste domingo Curitiba recebe a segunda etapa da temporada 2009 da Copa Nextel Stock Car. O piloto que ganhar a corrida pode levar para casa bem mais que os 28 pontos em disputa – 25 pela vitória e 3 pela pole position. As premiações em dinheiro, introduzidas na categoria de forma definitiva há pouco mais de quatro anos, funcionam como um incentivo extra aos pilotos.
Até então, vencer na categoria era apenas simbólico. “Perdi as contas de quantos troféus de plástico ganhei. Tinha vergonha de contar aos amigos qual era a premiação”, brinca o multicampeão Ingo Hoffmann, que largou as pistas este ano.
Com 12 títulos, 76 vitórias e 61 pole positions, o “Alemão” teria ganhado mais de quatro milhões de reais na Stock Car. Atualmente, somados todos os prêmios em dinheiro, um hat trick (pole position, vitória e volta mais rápida da corrida), por exemplo, está valendo R$ 32.725,00, se o piloto estiver a bordo de um Chevrolet Vectra.
São R$ 9.500 pela vitória e R$ 3.225 pela pole position, oferecidos pela Goodyear, R$ 10.000 pela volta mais rápida, proporcionados pela Nextel, e mais R$ 10 mil pela vitória pagos pela GM se o piloto for um dos 15 membros do Chevrolet Power Team.
Além disso, a Nextel dá R$ 200 mil ao campeão da temporada. No ano passado a categoria promoveu a Corrida do Milhão, vencida por Valdeno Brito. Mas neste ano ainda não há confirmação do valor que será dado ao vencedor da prova, que acontecerá mais uma vez no Rio de Janeiro.
Se a premiação existisse nos primórdios da categoria, que estreou em 1979, Ingo estaria ainda mais feliz, já que a realização seria, além de profissional, financeira. “As pessoas nem acreditavam quando eu dizia que o único prêmio pela vitória era aquele troféu. Por isso eu acho a premiação em dinheiro muito importante. Não só para motivar piloto e equipe, o que é fundamental, mas até para o público ter a percepção de que a categoria e todos os que nela estão envolvidos são profissionais”, diz o ex-piloto, hoje trabalhando na equipe AMG.
O último “hat trick” na Stock Car aconteceu no ano passado no anel externo de Brasília, na 10.ª etapa da temporada. O autor da façanha foi o campeão Ricardo Maurício, hoje pilotando um Vectra na Eurofarma RC.
Seu companheiro de equipe, Max Wilson, voltando ao automobilismo brasileiro após mais de uma década entre Europa, Estados Unidos e Austrália, acha a iniciativa da premiação muito interessante.
“Não são muitas categorias no mundo que distribuem dinheiro, e estes prêmios da Stock Car acabam sendo um grande estímulo para pilotos e equipes, já que o dinheiro quase sempre é dividido – o que varia são os percentuais”, destaca Max.