Na tarde desta quinta-feira (26), o Superior Tribunal de Justiça Desportiva julgou no Rio de Janeiro o recurso do Atlético contra o Tribunal de Justiça Desportiva do Paraná (TJD) e a Federação Paranaense de Futebol (FPF). O imbróglio envolvendo o artigo 9.° do regulamento foi definido e os auditores votaram pela manutenção do regulamento inicial do Paranaense 2009. O Atlético terá o supermando e jogará as sete partidas da segunda fase na Arena. O Coritiba atuará por seis vezes no Couto e assim sucessivamente.
Segundo a FPF houve um erro no momento de redigir o regulamento e a entidade divulgou o regulamento da fase derradeira do campeonato em que o primeiro jogaria quatro partidas em casa e três fora, inclusive contra o segundo colocado. A posição desagradou o Atlético, que fez valer seus direitos no tribunal.
O Julgamento
A sessão começou de forma tensa. O relator do caso, Caio Rocha, solicitou uma votação de impedimento do procurador geral do STJD, Paulo Schmidt. A FPF pediu o impedimento porque Schimdt declarou nos últimos dias que é a favor do recurso impetrado pelo Atlético. O pedido foi negado.
O auditor Francisco Mussnich pediu que o caso fosse analisado sem a presença da imprensa, mas o presidente do STJD, Rubens Approbato negou. Representantes de todos os clubes do certame marcaram presença, mas apenas os que representavam os classificados a segunda fase puderam prosseguir no julgamento.
O advogado do Atlético no caso, Domingos Moro, disse que foi suprimida do artigo 9.° do Estadual a explicação sobre os mandos de campos das equipes classificadas para a segunda fase”. Segundo Moro, o Atlético não agiu de má fé. O advogado da FPF, Juliano França Tetto, admitiu o erro na redação do artigo 9.°, mas que os clubes não se manifestaram contra em nenhum momento. Tetto disse que o rubro negro agiu de má fé ao levantar essa polêmica e houve um bate boca com Domingos Moro. Os dois tiveram a palavra cassada pelo presidente do STJD.
| Divulgação STJD |
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O advogado de Nacional e Paranavaí, Allan Pelaciano, pediu para que seja mantido o que foi discutido entre os clubes recentemente na Futpar: o Atlético faria quatro jogos em casa (2.°, 3.°, 4.° e 5.°) e três fora. Segundo ele, se o supermando fosse votado pelos auditores, “não haveria lógica em participar do campeonato, pois o ACP não poderia jogar diante da sua torcida”, disse. O advogado do Coritiba, Itamar Cortes, reiterou a postura do clube adotada anteriormente e confirmou que apoia a tabela divulgada pela FPF, em que o Verdão jogaria quatro partidas no Couto, inclusive contra o Atlético.
O procurador geral do STJD, Paulo Schmidt, disse que segundo a tabela divulgada pela FPF seria melhor ficar em quarto lugar do que em primeiro. O relator, Caio Rocha, votou a favor do Atlético alegando que o artigo 9.° do regulamento é muito claro. A maioria dos auditores (8 contra 1) acompanharam o voto do relator e votaram a favor do recurso do Atlético. Após quase três horas de julgamento ficou decidido que o Furacão fará as sete partidas em casa.