O presidente do Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD), Flávio Zveiter, defendeu nesta quinta-feira a perda de pontos como punição para briga de torcidas de clubes de futebol. Ele participou de uma reunião em Brasília com integrantes do governo federal, Ministério Público, Judiciário, Confederação Brasileira de Futebol (CBF) e federações para debater a questão da segurança nos estádio. A reunião é uma reação à briga generalizada em Joinville (SC) entre torcedores de Vasco e Atlético no domingo passado, na última rodada do Brasileirão.
“Dependendo da gravidade, vai haver a sugestão, e depende do Conselho Nacional de Esporte, para perda de pontos”, afirmou Zveiter, após a reunião. O Conselho Nacional de Esporte é um órgão ligado ao Ministério do Esporte. A decisão sobre a possibilidade de perda de pontos depende da aprovação do órgão, que tem representantes de confederações e clubes.
O ministro do Esporte, Aldo Rebelo, manifestou posição favorável a maior rigor nas punições esportivas. “A minha sugestão é que, mais do que a punição pecuniária, os clubes temem a punição técnica, temem mais a perda de 3 pontos do que R$ 3 milhões, porque os R$ 3 milhões pode arranjar em algum lugar, mas quando perdem os 3 pontos, a cobrança da torcida é mais dura”, disse.
Zveiter acredita que, se aprovada, a medida poderia valer para o próximo Campeonato Brasileiro, mas dificilmente haveria tempo para implementar já nos campeonatos estaduais. O STJD defende ainda a ampliação das multas e das punições de perda de mando de campo. Para o próximo ano, está garantido até agora somente que as punições de perda de mando de campo poderão ser cumpridas com portões fechados, sem a presença da torcida.