Foi de goleada. Por seis votos a zero, o Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD) acatou o recurso do Adap Galo e manteve o resultado da partida contra o J. Malucelli, em 25 de fevereiro. O empate em 1 a 1 elimina as chances do Jotinha e confirma o Cascavel na 2.ª fase.
Assim, a Federação Paranaense de Futebol homologou as partidas entre Rio Branco x Paranavaí e Adap Galo x Cascavel para as 18h30 de domingo. O estranho horário é forma de evitar problemas com o Estatuto do Torcedor, que determina a marcação de partidas com antecedência de 48 horas em casos especiais. Os jogos seriam cancelados se o STJD remarcasse o confronto entre Jotinha e Galo ou decretasse a vitória do time de São José dos Pinhais por 1 a 0.
A sessão estava marcada para quinta-feira, mas foi adiada por causa do atraso na remessa dos autos do processo. Antes do início da votação o procurador-geral do STJD, Paulo Schmitt, defendeu que o caso voltasse ao Tribunal de Justiça Desportiva do Paraná, alegando erros processuais, como a falta de depoimento do árbitro de J. Malucelli x Adap Galo, Edemar Paris. Mas a tese não foi acatada e o mérito da questão foi apreciado.
Todos os auditores do pleno do STJD, incluindo o relator e o presidente em exercício da corte, Virgílio Val, aceitaram a defesa do Adap Galo. Na prática, entenderam que a atitude do árbitro ao validar o gol do time maringaense, após autorizar a saída de bola com jogadores do Jotinha no campo de ataque, foi um erro de fato (interpretação do lance), e não de direito (desconhecimento da regra).
Como não cabe recurso da decisão, J. Malucelli não tem mais chance de passar de fase. Mesmo com o resultado contundente, o advogado do Jotinha, Domingos Moro, se disse satisfeito com o desenrolar do processo.
?A decisão foi unânime, mas geramos discussão e muitos questionamentos. Tomara que a questão traga benefícios ao direito esportivo?, falou o advogado, defendendo que a figura erro de direito seja banida do código desportivo.