Somália fala em deixar País para chegar à seleção brasileira

Recém-chegado ao Fluminense, o atacante Somália não escolhe palavras para falar. Autêntico, revelou nesta quarta-feira (21) com a maior naturalidade sua visão sobre como alcançar a seleção brasileira. "Tenho que fazer um trabalho muito bom aqui para ter a oportunidade de jogar em uma grande equipe lá fora e ser visto mundialmente.

Sua declaração tem fundamento. Basta analisar a seleção brasileira que vai disputar a Copa América da Venezuela. Apenas três dos 22 convocados pelo técnico Dunga atuam no País: o zagueiro Alex Silva e o volante Josué, do São Paulo, e o lateral-esquerdo Kléber, do Santos. E um detalhe a mais: o desconhecido atacante Afonso, do Heerenveen, brilhou no pouco badalado Campeonato Holandês – foi o artilheiro da competição, com 34 gols – e, de quebra, viu seu nome figurar na lista de convocação da equipe pentacampeã mundial.

"Todo jogador sonha (defender a seleção), mas isso está um pouco distante", disse Somália, que já jogou no Qatar, Arábia Saudita, Holanda, Alemanha e Coréia do Sul. Agora, ele quer fincar raízes nas Laranjeiras.

"Até meus familiares acham que chegou a hora de eu dar uma seqüência no trabalho. Eles dizem: ‘Você sempre faz um pouquinho de gols, um campeonato bacana e acaba saindo’", disse, sem nenhum constrangimento.

Artilheiro do Campeonato Paulista deste ano pelo São Caetano, com 13 gols, Somália tem a convicção de que vai brilhar no Fluminense, com quem assinou contrato até o fim de 2008.

"É o momento certo para eu mostrar meu futebol no Brasil. Estou num grande clube, que acabou ser campeão, disputa a Primeira Divisão do Brasileiro e vai disputar a Libertadores do ano que vem.

Espontâneo, não fugiu de um assunto polêmico: ele foi criticado recentemente pelo presidente do São Caetano, Nairo Ferreira de Souza, por ter faltado a dois treinos seguidos no início de junho, enquanto acertava sua transferência para a equipe carioca. O dirigente afirmara na ocasião que o atacante não estava sendo profissional com o clube que o projetou.

"Jamais ia estar insatisfeito num time que abriu as portas para mim. O doutor Nairo é um amor de pessoa e até me pediu desculpas pelo que falou. Deixei com tristeza o São Caetano, clube que me acolheu e que amo, e torço muito para os companheiros que estão lá.

Grupos de WhatsApp da Tribuna
Receba Notícias no seu WhatsApp!
Receba as notícias do seu bairro e do seu time pelo WhatsApp.
Participe dos Grupos da Tribuna
Voltar ao topo