O jogador de vôlei de praia Pedro Solberg, que teve seu caso de suspeita de doping arquivado pela Federação Internacional de Vôlei (FIVB), defende que o laboratório Ladetec, único do Brasil credenciado pela Agência Mundial Antidoping (Wada), seja excluído da lista da entidade.

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Solberg foi suspenso depois que a prova e a contraprova de uma amostra, realizadas no dia 30 de maio pelo laboratório ligado à Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), deram positivo para o anabolizante androstane. Irregularidades no procedimento levaram a FIVB a pedir um novo teste, desta vez realizado em laboratório da cidade de Colônia, na Alemanha. O resultado não revelou substâncias proibidas.

“Acho que um laboratório que erra duas vezes um mesmo exame de uma mesma amostra não pode ser autorizado”, disse Solberg. Para o atleta, a Wada tem de analisar o caso a fundo e tomar providências com relação ao Ladetec. “A Wada tem de rever [o credenciamento]. A meu ver eles não estão aptos a realizar exames tão complexos”, comentou o jogador.

Solberg foi suspenso preventivamente e impedido de disputar campeonatos importantes.

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“Perdi quatro torneios, incluindo três Grand Slams (competições principais do circuito), que contam pontos para a classificação para a Olimpíada de Londres. Meu prejuízo foi enorme”, reclamou Solberg, que estuda processar o Ladetec em virtude dos danos morais, financeiros e esportivos que sofreu por causa da suspensão.

Solberg se disse “aliviado e feliz” com o desfecho do caso. “Foram mais de 100 dias de luta para provar minha inocência. Nada mais merecido (do que o arquivamento do processo)”, declarou. Procurado, o Ladetec disse que não vai se manifestar oficialmente até que a Wada emita o relatório final do caso.

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