Sócio-Furacão protesta contra diretoria atleticana

O que deixou muita gente revoltada foi o fato de que o Atlético usou a possibilidade de votar e ser votado nas eleições do clube, após um ano de associação, na propaganda de seu plano Sócio Furacão.

Em 2008, mais de 16 mil pessoas associaram-se, número que representa cerca de 84% do atual quadro associativo. Para estes, a regra efetivamente mudou com o jogo em andamento.

Como não poderia deixar de ser, muita gente está se sentindo lesada. “Nunca tive nenhum interesse em ser da diretoria. Mas quem tinha vontade de participar com certeza ficou com a sensação de ter sido ludibriado”, diz o torcedor Alessando Manoel, 33 anos, que se associou ao Atlético em julho deste ano.

Para boa parte dos torcedores, ficou a impressão de uma manobra para tentar garantir a permanência do grupo comandado por Mário Celso Petraglia no comando do clube pelo menos até 2014, quando será realizada a Copa no Brasil.

“O Petraglia não confiou na adesão dos torcedores ao plano de sócios. Depois que chegou a quase 20 mil, ficou com receio de perder o poder e resolveu mudar as regras do jogo”, opina Alessandro.

Até o ano da Copa, uma chapa de oposição só poderá surgir dentro do grupo de pouco mais de 3 mil sócios que o Atlético tinha até dezembro de 2007. A polêmica tem tudo para parar nos tribunais.

Afinal, a garantia de votar e ser votado nas eleições do clube está prevista no contrato assinado por quem se associou em 2007. No fórum Furacao.com, o principal grupo de discussão de torcedores do Atlético na internet, alguns internautas já se mobilizam para tentar garantir seus direitos.

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