Quatro vezes campeão da Volta da França, Chris Froome retornou às competições nesta quarta-feira, apesar de estar sob investigação da União Ciclística Internacional (UCI) por ter testado positivo em um exame antidoping. O britânico compete na Volta da Andaluzia, também conhecida como Rota do Sol, no sul da Espanha, evento que ele venceu em 2015.
“Eu sei que não fiz nada de errado, esse é o meu ponto inicial”, disse Froome. “Existe um processo para que eu possa demonstrar isso, e isso é, obviamente, o que pretendo fazer”, acrescentou o britânico.
Em dezembro de 2017, ao invés de suspendê-lo, a UCI ordenou Froome a explicar para a entidade por que uma amostra de urina que ele forneceu na Volta da Espanha, em setembro de 2017, mostrou uma concentração do medicamento para asma salbutamol dobrada – 2.000 nanogramas – em relação ao nível permitido.
Naquela oportunidade, o britânico alegou que fez uso do remédio porque teve uma crise de asma durante a prova. Ele garantiu ter consumido o medicamento segundo as orientações médicas da sua equipe, a Sky. O medicamento ajuda a ampliar a capacidade pulmonar e pode ser utilizado para aumentar a resistência de um competidor se usado em quantidades expressivas.
Nesta quarta-feira, o britânico disse ter recebido muito apoio de outros ciclistas até agora, e que ele está tentando resolver o problema o mais rápido possível. “Eu acredito nisso quando todos os fatos estão lá fora, eu acho que as pessoas vão ver isso a partir do meu ponto de vista”, declarou Froome.
Se for considerado culpado na investigação de doping, o ciclista britânico poderia perder o título da Volta da Espanha de 2017 e ser suspenso por um longo período. A ausência de uma punição imediata a Froome causou polêmica no mundo do ciclismo.