Alexandre Fávaro e Rafinha
serão duas novidades.

O Coritiba passou mais dez dias na décima- primeira posição do campeonato brasileiro. Com isso, o time conseguiu chegar a mais de um mês na mesma colocação da competição (exatamente 34 dias, em seis rodadas seguidas), fato inusitado – e raro, no equilíbrio inerente do brasileiro.

E mesmo que vença o Corinthians hoje, às 16h, no Pacaembu, o Coxa não sairá da tal 11.ª colocação. Só que a vitória representa mais: ela vale a manutenção de um sonho que já parece inalcançável, que é a vaga na Libertadores, e também a manutenção do foco alviverde no campeonato.

Sim, porque um resultado negativo seria trágico. Primeiro, porque sepulta de vez as chances de classificação no principal torneio interclubes sul-americano. Segundo, porque coloca por terra todo o trabalho, a mentalização e a preparação feita pela comissão técnica neste período de dez dias – que teve treinos físicos pesados em uma parte e reclusão total com palestras motivacionais na outra. “Foi excelente, porque provou que todo mundo está pensando da mesma forma”, afirma o volante Ataliba.

E que forma é essa? “Nós estamos todos voltados para as vitórias. Vamos pensar que cada partida é uma decisão, e que temos condições de conseguir resultados em todas elas”, comenta o zagueiro Flávio. “Se as chances de classificação para a Libertadores são pequenas, foi por nossa causa que ficou assim. E cada vitória vai aumentar as nossas possibilidades”, completa Ataliba.

Para o técnico Antônio Lopes, foi importante o ?retiro? para motivar o grupo. “Na hora em que você reúne todo mundo, tem mais tempo para conversar e buscar um pensamento comum. Além disso, nós pudemos treinar muito forte na parte física nos primeiros dias, e depois os trabalhos técnicos e táticos nesta semana”, avalia o Delegado.

Melhor para ele – e para o Coxa – que o elenco festejou a concentração longa. “Nós nos demos muito bem, conversamos bastante”, diz Aristizábal, que serviu mais uma vez como exemplo para o elenco, pois chegou para a intertemporada lesionado e correndo risco de suspensão e sai dela absolvido e em plenas condições de jogo. “Todo mundo aprende, desde os mais experientes até os mais jovens”, resume o meia Reginaldo Vital.

E a resposta de tanta animação e confiança será vista no Pacaembu, garantem todos. “Vamos buscar resultados desde agora, contra o Corinthians”, avisa o zagueiro Flávio. “Se fizermos a nossa parte, vamos nos aproximar dos primeiros colocados”, diz Antônio Lopes. “Em um jogo como esse, é fundamental um resultado positivo. E nossa intenção é consegui-lo”, finaliza o goleiro Fernando.

Aristizábal só começa se estiver inteiro

Era de se esperar. O técnico Antônio Lopes preferiu manter o mistério e não definir o Coritiba para a partida contra o Corinthians. Com isso, persistem as dúvidas no meio-campo e no ataque, com quatro jogadores – Ricardo, Alexandre Fávaro, Aristizábal e Alemão – disputando duas vagas. Entretanto, o Delegado tende a escalar uma equipe agressiva, com Ari na frente e Fávaro no lugar de Capixaba.

O “Príncipe” seria também um ?terceiro atacante? na ótica de Lopes, fazendo com que o Coxa jogasse da forma que o treinador planejou no início do ano. Mas não está descartada a entrada de Ricardo. Sua última partida como titular fora de casa foi justamente no meio-campo, contra o Guarani – e, naquela oportunidade, ele foi o melhor jogador coxa.

No ataque, Aristizábal é o preferido, mas ele precisa provar que reúne condições de atuar nos noventa minutos. “Essa é a minha preocupação”, confessa Lopes. Liberado na quinta, o colombiano treinou normalmente, mas mesmo os médicos admitem que o tempo foi curto para uma recuperação total. “Ele realmente não teve tempo de fazer todo o trabalho necessário. Mas ele treinou muito bem, e não tem por que não liberá-lo”, diz Lúcio Ernlund, chefe do departamento médico alviverde.

A intenção do treinador é colocar o atacante desde o início. “Só o nome do Aristizábal mete medo nos adversários. Ele impõe muito respeito”, afirma. Mas ele não quer arriscar perdê-lo com pouco tempo de jogo. Caso Ari não possa jogar toda a partida, Antônio Lopes não muda sua filosofia – o colombiano fica no banco (entrando no segundo tempo), e Alemão começa como titular.

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