O confuso caso de exclusão do Sion da Liga Europa teve outra reviravolta nesta terça-feira quando o clube suíço alegou ter obtido o direito de disputar o torneio por uma decisão provisória de um tribunal civil no cantão (estado) em que está sediada a Uefa.
O Sion disse que a decisão provisória concedida pelos juízes em Vaud significa que ele pode substituir o Celtic, da Escócia, e enfrentar o Atlético de Madrid em uma partida da fase de grupos na quinta-feira na Espanha. Não está claro se a Uefa é obrigada a reconhecer a sentença civil.
Embora a Uefa insista que o Celtic vai jogar, o Sion reservou um voo para Madrid na quarta-feira pela manhã e quartos de hotel na capital espanhola. A decisão do tribunal civil foi anunciada no mesmo dia que o painel de apelações da Uefa tem uma audiência marcada para avaliar recurso do clube suíço, excluído da Liga Europa por ter utilizado jogadores irregulares no playoff do torneio contra o Celtic.
Advogados do Sion acionaram tribunais civis, o que é proibido pelo estatuto, depois de veredictos contrários da Fifa, Uefa, Corte Arbitral do Esporte e Superior Tribunal da Suíça. O Sion quebrou as regras de transferência da Fifa em 2008, quando contratou o goleiro egípcio Essam El-Hadary, do Al-Ahly, no meio da temporada.
Por conta disso, foi proibido de realizar transferências internacionais por um ano pela Fifa. No entanto, o caso continuou, pois o Sion alegou ter cumprido a punição cumulativamente. A Fifa e a Uefa acreditam que a punição entrou em vigor quando o clube esgotou suas ações na Superior Tribunal da Suíça, em janeiro.