O Atlético de Madrid está longe de ser um clube pequeno, como o Leicester, mas também se encaixava no hall dos gigantes da Europa. Durante quase 110 anos de história, fez uma única final de Liga dos Campeões, em 1974. Sob o comando de Diego Simeone, entretanto, tudo mudou. O time ganhou a Liga Europa em 2012 e, nesta terça, se classificou para sua segunda final de Liga dos Campeões em três anos.
A vaga veio apesar de derrota por 2 a 1 para o Bayern de Munique, nesta quarta-feira, na Alemanha, uma vez que o Atlético havia vencido por 1 a 0 em casa. Na fase anterior, o time eliminara o Barcelona.
“Tudo indicava o pior cenário, mas conseguimos. Chegar a uma final tendo deixado pelo caminho duas das três melhores equipes do mundo… Isso nos deixa muito contentes”, disse o treinador argentino, após o jogo em Munique, em entrevista coletiva.
A vaga na final veio de maneira bastante peculiar, ainda que graças a indiscutível competência. Nas oitavas de final, o Atlético precisou dos pênaltis para eliminar o PSV, após dois empates sem gols. Nas quartas e na semi, fez quatro jogos no qual foi completamente dominado na posse de bola, com média de 25% de posse nesses quatro confrontos.
Nesta terça, tudo indicava uma vitória do Bayern, especialmente depois do excelente primeiro tempo que os alemães fizeram. Para Simeone, isso só potencializa o feito do Atlético. “Vimos hoje o melhor rival que eu enfrentei em um primeiro tempo. Foi tremendo, maravilhoso ver o Bayern com aquela intensidade. Isso me deixa apaixonado pela realidade que estamos vivendo”, afirmou.
Após eliminar Bayern e Barcelona, o Atlético pode enfrentar o outro dos “três melhores do mundo” na final da Liga dos Campeões. O Real faz a outra semifinal, nesta quarta, contra o Manchester City, em Madri. O jogo de ida foi 0 a 0. Real e Atlético já decidiram a Liga em 2014, com vitória do Real, na prorrogação.