Ainda que o judô de Santa Catarina não tenha formado atletas de destaque para a seleção brasileira nos últimos anos, o novo presidente da Confederação Brasileira de Judô (CBJ) vem de lá. Em um acordo político costurado pelo atual mandatário Paulo Wanderley Teixeira, Silvio Acácio Borges foi aclamado presidente neste sábado, em assembleia realizada em um hotel na zona Sul do Rio.
Presidente da federação catarinense, Silvio Acácio contou com o apoio das 26 federações presentes e do representante dos atletas, o judoca Luciano Correa. Ele é apenas o quarto presidente da CBJ nos últimos 32 anos.
Entre 1985 e 2000, a entidade foi liderada pelo clã Mamede – Joaquim e seu filho, de mesmo nome. Depois, em 2001, Paulo Wanderley venceu a eleição como opositor, mantendo-se no cargo por 16 anos até passar o comando a outro membro de seu grupo. Wanderley agora é vice-presidente do Comitê Olímpico do Brasil (COB) e um dos favoritos a assumir o posto de Carlos Arthur Nuzman na próxima eleição, quando Nuzman não pode tentar a reeleição.
Por isso, deixou a CBJ deixando um aliado em sua cadeira. “O presidente eleito foi um nome de consenso com todo o judô brasileiro e, por isso, hoje (sábado) foi aclamado por unanimidade. Eu confio muito no potencial dele porque fez um grande trabalho à frente da Federação Catarinense de Judô. Com a cooperação dos colaboradores da CBJ e a visão que o Silvio Acácio tem, tenho certeza que o judô irá avançar ainda mais”, afirmou Paulo Wanderley, que fica no cargo até 31 de março.
Compõem a chapa eleita até 2021 José Nilson Gama de Lima (Alagoas) como primeiro vice-presidente; Danys Queiroz (Piauí), segundo vice-presidente; e Seloí Totti (Rondônia) como terceira vice-presidente; e, por fim, Gilmar Cotrim Camerino e Berto Igor Caballero Cuellar como membros efetivos do Conselho Fiscal.