O futuro do GP da Inglaterra em Silverstone está sob dúvida depois que os proprietários do circuito ativaram uma cláusula de ruptura do seu contrato nesta terça-feira, em uma tentativa de buscar um acordo financeiramente mais viável para prosseguir no calendário da Fórmula 1.

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Assim, o GP da Inglaterra de 2019 será o último em Silverstone, a menos que o proprietário da F1, o Liberty Media, reduza a taxa cobrada para a realização da corrida, afirmou o Clube Britânico de Pilotos (BRDC, na sigla em inglês).

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“Essa decisão foi tomada porque não é financeiramente viável para nós realizar o GP da Inglaterra nos termos do nosso contrato atual”, disse o presidente do BRDC, John Grant. “Nós alcançamos o ponto de inflexão onde não podemos deixar a nossa paixão pelo esporte mandar nas nossas cabeças. Não arriscaria apenas o futuro de Silverstone e do BRDC, mas também a comunidade britânica de automobilismo que depende de nós”.

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O BRDC apontou perdas em 2015 de 2,8 milhões de libras (R$ 10,5 milhões, na cotação atual) e de 4,8 milhões de libras (R$ 20,2 milhões) em 2016. A taxa anual dos promotores para o GP aumentou de 11,5 milhões de libras (R$ 48,3 milhões) em 2015 para 16,2 milhões de libras (R$ 68,1 milhões) para esta temporada. De acordo com os organizadores da corrida, o valor saltará para 25 milhões de libras (R$ 105 milhões) até 2026, o último ano do contrato atual.

O atual acordo foi assinado em 2009, com um aumento de 5% ao ano pelo valor cobrado. “Nossa esperança é que um acordo ainda possa ser alcançado, para que possamos garantir um futuro sustentável e financeiramente viável para o GP da Inglaterra em Silverstone por muitos anos”, disse Grant.

O BRDC afirma que Silverstone é a prova mais popular do calendário da F1, recebendo 350 mil espectadores no fim de semana do GP. A próxima prova no tradicional circuito será disputada no domingo.