Um ginásio lotado com uma torcida que já se mostrou eficiente na pressão psicológica não foi suficiente para o Sada Cruzeiro neste domingo. No Ginásio Mineirinho, em Belo Horizonte, o Sesi venceu a final da Superliga Masculina por 3 sets a 1, com parciais de 25/19, 19/25, 27/25 e 25/17, e conquistou um título inédito para o clube paulistano. Em um jogo equilibrado, a equipe mostrou força no quarto set para surpreender o rival e garantir a taça.
O resultado quebra um tabu de seis anos de equipes paulistas na Superliga Masculina de vôlei. O último campeão do estado foi o Banespa/Mastercard na temporada 2004/2005. Além da partida deste domingo, o Sesi havia vencido o Sada Cruzeiro nos dois duelos da primeira fase da competição.
A conquista coroa a excelente temporada da equipe de São Paulo, que terminou a primeira fase com a melhor campanha e passou por Medley/Campinas e Vivo/Minas na semifinal. Comandada pelo ex-jogador Giovane Gávio, o time foi liderado por estrelas como Murilo, eleito melhor jogador do mundo, o líbero Serginho e Thiago Alves, que conquistou seu quarto título consecutivo (foi campeão três vezes pelo Cimed).
O Cruzeiro, por sua vez, fez a terceira melhor campanha da Superliga Masculina e bateu o Pinheiros/Sky nas quartas de final. O ponto marcante da temporada foi a semifinal, quando o time se envolveu em grande polêmica no duelo com o Vôlei Futuro. A torcida implicou com o central Michael, que é homossexual, manifestação considerada homofóbica pela diretoria do time de Araçatuba.
O duelo com o Vôlei Futuro foi realizado em Contagem e, para a decisão em Belo Horizonte, uma pressão ainda maior era esperada. Apesar de mais de 17 mil pessoas terem comparecido ao jogo, o Sesi desequilibrou no quarto set, disparou no marcador e minou as reações do time mineiro. Os destaques do campeão na final foi Thiago Alves, que deixou a quadra com câimbras, e Wallace, eficiente no ataque