Sesi desafia supremacia de Rio e Osasco na Superliga

Um dos mais fortes torneios interclubes do mundo, a Superliga Feminina de Vôlei se acostumou a ver grandes jogadoras, mas emoção restrita apenas à decisão. Mas a hegemonia de Rio e Osasco, que se confrontaram nas finais das últimas sete edições, pode chegar ao fim nesta temporada com a chegada do Sesi. A equipe campeã da última Superliga Masculina investiu alto para criar um time feminino e tentar mudar o panorama da competição lançada nesta terça-feira em São Paulo.

Na sua 18.ª edição, a Superliga Feminina contará com 12 clubes, que começam a jogar já no próximo dia 9, sexta-feira da semana que vem. Os 12 times se enfrentarão em turno e returno até que oito avancem às quartas de final, fase que será joga em série melhor de três. O mesmo depois acontece na semifinal. Apenas a decisão será em jogo único, com o Maracanãzinho já definido como palco.

Para tentar atrapalhar a polarização entre Sollys/Osasco e Unilever/Rio, o Sesi foi atrás de reforços de peso e contratou jogadoras da seleção brasileira, como a levantadora Dani Lins e a ponteira Sassá. “As expectativas para esta Superliga são as melhores possíveis. Temos um novo time, que mesclou jogadoras novas com outras de destaque no cenário nacional. Neste nosso ano de estreia, queremos, sim, lutar para chegar à final. Sabemos que Rio, Vôlei Futuro e Osasco são grandes adversários, mas estamos na briga”, disse Dani Lins.

Outro time que tenta chegar a uma final inédita, o Vôlei Futuro também se reforçou, sendo o único a repatriar uma atleta de peso. Campeã olímpica em Pequim, a central Waleska deixou a Rússia e volta ao vôlei brasileiro após sete anos. “É uma readaptação. Estou muito feliz por fazer parte do projeto do Vôlei Futuro. Depois de tanto tempo fora, precisei ver vídeos das últimas Superligas para conhecer um pouco mais dessa garotada que está em ação”, disse a jogadora.

Outra atleta de peso que retorna à Superliga é a veterana Fernanda Venturini. A levantadora de 41 anos desistiu da aposentadoria e vai voltar às quadras, pela Unilever, equipe cujo seu marido, Bernardinho, é treinador. “As meninas mais novas são muito fortes, mas não senti muito desnível na parte física. Estou tentando passar minha experiência para as mais novas, em especial a Roberta, outra levantadora da equipe. Ela é mais alta do que eu e tem um belo futuro pela frente”, destacou Venturini.

Com relação à última Superliga, são mais duas novidades. Uma é a presença do novato Rio do Sul, time de Santa Catarina. Outra é o sistema de pontuação, que vai ser igual ao que está sendo usado na Copa do Mundo do Japão. Vitórias por 3 a 0 e 3 a 1 valem três pontos para o vencedor e nenhum para o derrotado. Já vitória por 3 a 2, no tie-break, valem dois pontos para quem vencer e um para quem perder.

Os doze time que vão jogar a Superliga 2011/2012 são: Banana Boat/Praia Clube (MG), BMG/São Bernardo (SP), Macaé Sports (RJ), Mackenzie (MG), Pinheiros (SP), Rio do Sul (SC), São Caetano (SP), Sesi (SP), Sollys/Osasco (SP), Unilever (RJ) Usiminas/Minas (MG) e Vôlei Futuro (SP).

“Mais uma vez, esta Superliga tem tudo para ser uma das melhores competições do mundo. O voleibol é o segundo esporte na preferência do brasileiro, mas o primeiro entre as mulheres. Essas atletas são merecedoras, se dedicam. Nos dias de hoje, é difícil ser uma atleta profissional com disciplina. E todas elas são”, disse Ary Graça, presidente da Confederação Brasileira de Voleibol (CBV).

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