Servidores fazem greve na África a 59 dias da Copa do Mundo

A África do Sul segue enfrentando sérios problemas para receber a primeira Copa do Mundo realizada no continente africano. Já ameaçado por atos terroristas e questionado pelos seus sérios problemas de segurança pública, o país lamentou nesta segunda-feira o fato de milhares de funcionários públicos sul-africanos terem entrado em greve no país para reivindicar melhores salários.

Os grevistas fizeram manifestações nas ruas de Johannesburgo, capital do país, e em outras cidades sul-africanas. Eles ameaçam não voltar aos seus postos se não tiverem as suas exigências atendidas, entre elas um reajuste salarial de 15%.

Segundo a Sindicato dos Trabalhadores Municipais da África do Sul (SAMWU, na sigla em inglês), representada por cerca de 130 mil integrantes, a greve afetaria a prestação de serviços básicos ao povo sul-africano como por exemplo a varredura de ruas, a coleta de lixo e o licenciamento de veículos.

Durante as manifestações, os grevistas usaram a realização da Copa do Mundo na África do Sul como artifício para reivindicar melhores salários, entre outras exigências. Em cartazes, que faziam referência à competição, grevistas lembraram que o Mundial será prejudicado pela não prestação dos seus serviços no país.

Á África do Sul ainda teve manifestações de grevistas em outras cidades importantes sul-africanas, como Durban e Cidade do Cabo, sendo que a maioria delas foi realizada de forma pacífica e terminou sem maiores incidentes. Porém, em algumas localidades menores aconteceram problemas mais sérios.

Em East London, a polícia atirou com balas de borracha quando lixeiras de concreto foram empurradas contra o tráfico na Oxford Road, levando à prisão de 10 pessoas, que enfrentarão acusações de violência pública. Já em Ekurhuleni, policiais reportaram que grevistas cometeram atos de vandalismo.

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