Maior medalhista olímpico de todos os tempos, Michael Phelps não está preocupado com o vírus da zika. O nadador, que no final do mês vai participar da seletiva norte-americana em busca da classificação para sua quinta Olimpíada, ponderou ao jornal USA Today que o fato de ser inverno no Brasil reduz o risco de contágio.
“Eu sinto que essa é uma questão real? Eu acho. Eu acho que isso é algo que eu precise me preocupar. Não acho. Será inverno lá quando a gente chegar, então isso vai ajudar. Tem sempre algo durante os Jogos Olímpicos que você ouve falar muito na mídia. Eu acho que existe uma preocupação que a gente precisa ter, mas isso é parte de qualquer trabalho”, comentou Phelps.
A declaração do maior atleta olímpico de todos os tempos chega em um momento em que o governo brasileiro tenta convencer a comunidade internacional de que não há riscos de se viajar ao Brasil, especialmente ao Rio, durante os Jogos Olímpicos do Rio. Durante o inverno, historicamente o contágio de doenças transmitidas a partir do mosquito Aedes Aegypti cai radicalmente.
Ao menos três atletas já anunciaram oficialmente que não virão ao Rio-2016 alegando preocupação com o vírus da zika: o ciclista americano de estrada Tejay van Garderen, cuja esposa está grávida, o golfista australiano Marc Leishman, cuja esposa tem um grave problema de saúde e quase faleceu no ano passado, e o também golfista Vijay Singh, de Fiji.
Diversos atletas, entretanto, expressaram preocupação com relação às suas famílias por causa do zika. Não é o caso de Phelps. “Isso é uma Olimpíada e os atletas serão cuidados. Para mim, é meu trabalho garantir que Nicole (esposa), Boomer (o filho de apenas dois meses) e minha família estarão bem cuidados”, completou Phelps, lembrando que ainda precisa se classificar ao Rio-2016.