O Paraná Clube sofreu o seu mais duro golpe, até aqui, nesta Série B. Após conviver com sequência de bons resultados e tendo “cadeira cativa” no G4, o time de Roberto Fonseca entrou num período de “vacas magras”. A derrota por 3×1 para o modesto Barueri, sexta-feira, foi uma ducha fria nas pretensões dos tricolores. Justamente num momento em que todos projetavam uma arrancada rumo à liderança.

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Após atingir três minimetas seguidas (sete pontos a cada quatro jogos) com sobras, o Tricolor empacou. Restou uma alternativa apenas: vencer o ABC, no próximo sábado, e fechar a 16.ª rodada com 27 pontos, um a menos do que o ideal. “Foi um jogo atípico. Acho que fizemos o melhor primeiro tempo jogando na Vila Capanema, mas não fomos felizes”, lamentou o treinador. Para ele, a derrota foi uma “fatalidade”.

Os números ajudam a explicar essa leitura de jogo feita por Fonseca. Foram 24 finalizações do Paraná, contra apenas 5 do Barueri. Pois o clube paulista fez três gols e o Tricolor marcou seu único tento em uma cobrança de penalidade máxima. “Temos que ter personalidade para encarar esse momento. Oscilações acontecem numa competição tão longa e equilibrada. Não podemos nos abater por causa de um deslize”, ressaltou.

Na conta final, porém, o ponto negativo é o mais longo jejum da equipe nesta Segundona. Até aqui, o Paraná jamais ficara três rodadas seguidas sem vencer. “O futebol é ingrato. Só isso pode justificar o que aconteceu”, destacou o goleiro Zé Carlos, que apesar dos três gols sofridos, no geral, sequer foi exigido pelos atacantes do Barueri. “Eles tiveram mais competência. Faz parte do futebol”, resumiu Zé Carlos, usando como exemplo os lances capitais do primeiro tempo: um chutaço de Rone Dias (que parou no travessão) e o tiro certeiro de Marcos Pimentel, no ângulo.

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“Tivemos o domínio, marcamos bem e chegamos com força à frente, variando as jogadas pelos lados do campo. Mas, nada disso leva à vitória e o que fica, no fim, é o placar”, reconheceu Roberto Fonseca. O treinador entende que apesar da sequência ruim – com direito a duas derrotas dentro de casa -não é momento para pessimismo. “Peguei o Paraná em 12.º lugar e chegamos ao G4, resultado da união entre diretoria, elenco e torcida. Não podemos perder esse foco. Sofremos uma derrota, mas tem muito jogo pela frente e a mobilização tem que continuar”, arrematou o comandante do azul, vermelho e branco.